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São Jerônimo, RS,25/07/2025

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Sobretaxa dos EUA acentua queda da carne no mercado brasileiro

Redução de valores na exportação gerou uma reação em cadeia, derrubando a arroba do boi gordo e a cotação dos cortes no atacado

Mapa / Divulgação
Sobretaxa dos EUA acentua queda da carne no mercado brasileiro Desde o anúncio da medida em 09/07, o valor da carcaça casada bovina no atacado paulista caiu cerca de 5%
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A sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros intensificou a queda dos preços da carne bovina no mercado interno. Apesar de não haver excesso de oferta no país, a redução dos valores pagos por importadores internacionais provocou uma reação em cadeia, derrubando tanto a arroba do boi gordo quanto os preços no atacado. As informações são do Globo Rural.

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Desde o anúncio da medida em 09/07, o valor da carcaça casada bovina no atacado paulista caiu cerca de 5%, passando de R$ 21,03 para R$ 19,50 por quilo, de acordo com a consultoria Agrifatto. Já o indicador do boi gordo da Datagro Pecuária, referência na B3, recuou de R$ 313,12 para R$ 295,18 por arroba, uma queda de 4,16% no mesmo período.

Mesmo antes da nova tarifa, o setor já enfrentava dificuldades com a taxa adicional de 10% imposta em abril, que elevou a tributação total sobre a carne brasileira nos EUA para cerca de 36,4%. Agora, com a perspectiva de uma tarifa de 50% em vigor a partir de 01/08, frigoríficos relatam que importadores americanos estão pedindo a suspensão de produção destinada aos EUA, gerando incertezas nos contratos em andamento.

Apesar da situação, as empresas não preveem demissões. A estratégia adotada tem sido redirecionar a produção para outros mercados, como Egito, Irã, Filipinas, Rússia, China, Indonésia e México. Entretanto, os preços pagos por esses países são inferiores aos praticados pelos americanos — no caso do Egito, por exemplo, houve uma queda de US$ 4.850 para US$ 4.500 por tonelada no valor do dianteiro bovino.

Varejistas e atacadistas apontam que parte dessa carne pode ser absorvida pelo mercado brasileiro, especialmente por meio de cortes congelados ou redirecionamento estratégico. No entanto, o impacto sobre os preços internos ainda é incerto. Embora não haja, por ora, novas tabelas com valores mais baixos, a expectativa é de que parte do volume originalmente destinado aos EUA acabe sendo incorporada ao mercado nacional.

O setor avalia que, sem os EUA, o mercado pode se reequilibrar rapidamente — desde que os preços pagos ao produtor acompanhem essa nova realidade. Ainda assim, fatores como férias escolares, aumento da inadimplência e a maior oferta de bois confinados contribuíram para a pressão negativa nos preços da carne no curto prazo.

Enquanto isso, grandes frigoríficos como Friboi e Marfrig permanecem em silêncio sobre o impacto direto da tarifa. Internamente, porém, executivos admitem que as expectativas de aumento nas exportações para os EUA neste ano foram reduzidas. Isso se deve, sobretudo, à dificuldade de redirecionar cortes menos nobres, como o dianteiro usado para hambúrguer, a outros mercados com o mesmo volume e valor.

Especialistas avaliam que, se a tarifa de 50% se mantiver, parte da carne bovina originalmente destinada aos EUA deverá ser absorvida internamente, pressionando ainda mais o mercado nacional.


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