Céus coloridos encantam gaúchos: entenda o fenômeno por trás dos entardeceres vibrantes
Tons de laranja, rosa e vermelho dominaram o horizonte, chamando atenção de observadores e enchendo as redes sociais de registros fotográficos

Os últimos finais de tarde no Rio Grande do Sul têm presenteado moradores com um verdadeiro espetáculo de cores. Tons de laranja, rosa e vermelho dominaram o horizonte, chamando atenção de observadores e enchendo as redes sociais de registros fotográficos.
Segundo a meteorologista Estael Sias, do Metsul, o fenômeno está ligado à presença de nuvens altas do tipo Cirrus, formadas por cristais de gelo em altitudes acima de oito quilômetros. Essas nuvens, finas e translúcidas, funcionam como uma tela que espalha a luz do sol, intensificando os matizes ao pôr do sol.
Ao entardecer, quando o sol está mais baixo, a luz percorre um caminho maior na atmosfera, filtrando os tons azuis e realçando as cores quentes. Com os Cirrus, o efeito se torna ainda mais marcante.
Nos últimos dias, um sistema meteorológico conhecido como baixa segregada favoreceu a formação dessas nuvens em grande parte do Estado. A combinação de atmosfera limpa, umidade em níveis altos e posição do sol resultou em entardeceres de rara beleza em cidades como Porto Alegre e no interior.
Além do encanto visual, o fenômeno também tem valor científico. Ele mostra como a interação entre grandes sistemas atmosféricos e microprocessos nas nuvens pode criar efeitos ópticos impressionantes.
Embora céus coloridos possam ser influenciados por fumaça ou poluição, que alteram os tons, os últimos dias reuniram condições quase perfeitas. O resultado: entardeceres descritos por muitos como verdadeiras “pinturas vivas” no céu gaúcho.
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