Travessia a remo abre comemorações dos 400 anos das Missões Jesuíticas
Professor argentino fará percurso histórico de Porto Alegre à Tríplice Fronteira em 100 dias, passando pela Região Carbonífera
A travessia percorrerá os principais rios do Rio Grande do Sul até chegar ao Uruguai e à Argentina Uma jornada histórica e simbólica terá início no próximo dia 9 de setembro de 2025, em Porto Alegre. O professor de História Jorge Daniel Alonso, argentino, dará início à travessia a remo “Seguindo as Pegadas de Andresito”, remando sozinho por 100 dias até a Tríplice Fronteira entre Brasil, Uruguai e Argentina.
A expedição tem como objetivo abrir as comemorações dos 400 anos das Missões Jesuítico-Guarani e homenagear o líder guarani-missioneiro Andresito Guacurari, levando sua bandeira ao longo do percurso.
Uma jornada simbólica
Partindo do Sava Iate Clube, no bairro Assunção, em Porto Alegre, Alonso carregará consigo um punhado de terra da capital gaúcha, que simboliza o retorno do espírito de Andresito aos pagos trinacionais onde, séculos atrás, lutou pelos ideais da Pátria Grande.
— Seguindo com a reivindicação de nossas raízes guaranis e missioneiras, pretendo seguir humildemente suas pegadas e percorrer o caminho por onde ele foi levado, mas pelos rios, a remo e em sentido inverso, como se trouxesse sua essência, seu espírito, seu valor e seus princípios — declarou Jorge Daniel Alonso.
O trajeto
A travessia percorrerá os principais rios do Rio Grande do Sul até chegar ao Uruguai e à Argentina.
Roteiro previsto:
- Lago Guaíba: Porto Alegre (saída em 09/09, às 9h, no Sava Iate Clube)
- Rio Jacuí: Pintada, Picada, Charqueadas, Triunfo, São Jerônimo e Santo Amaro do Sul
- Rio Vacacaí: Praia das Tunas, Passo da Verde, São Gabriel
- Rio Santa Maria: Rosário do Sul
- Rio Ibicuí: Manoel Vianna, Mariano Pinto (Balsa)
- Rio Uruguai: São Marcos, Uruguaiana
- Rio Quaraí: Barra do Quaraí, Bella Unión (Uruguai)
- Rio Uruguai: Monte Caseros (Argentina), encerrando no Monumento a Andresito
Missão cultural e histórica
A travessia não é apenas um desafio esportivo, mas uma ação cultural que pretende reforçar os vínculos históricos e identitários do povo missioneiro. Ao longo do caminho, a expedição deverá despertar reflexões sobre a herança guarani e a importância de preservar e valorizar essa memória.
Essa iniciativa faz parte da programação que celebra os 400 anos das Missões Jesuíticas, mobilizando comunidades do Brasil, do Uruguai e da Argentina em torno de sua história comum.
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