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São Jerônimo, RS,25/08/2025

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EDITORIAL | Trump e o protecionismo que fortalece a China

Governos globais diversificam parcerias comerciais diante de políticas unilaterais dos EUA

Arte / Portal de Notícias
EDITORIAL | Trump e o protecionismo que fortalece a China
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As recentes ações do presidente Donald Trump mostram um padrão conhecido: atacar parceiros comerciais tradicionais com tarifas e pressões políticas. A chamada “Rodada Trump” tinha a ambição de reafirmar a primazia americana, mas a estratégia parece estar saindo pela culatra.

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Ao agir como se os Estados Unidos continuassem sendo o eixo do comércio mundial, Trump pode estar acelerando sua mudança para outro lugar. O maior mercado do mundo já não detém a mesma centralidade que tinha no início do século, quando respondia por um quinto das importações globais. Hoje, esse número caiu para apenas um oitavo, e os países têm reagido de forma estratégica.

Para muitas nações, a resposta é diversificar. Alguns governos apoiam suas empresas locais com subsídios e protecionismo; outros buscam novos mercados; e há ainda aqueles que formam alianças para contrabalançar a influência americana. Países do Brics, incluindo Brasil, Índia e África do Sul, vêm aumentando o comércio entre si, reduzindo gradualmente a dependência do Tio Sam.

Enquanto isso, a China se beneficia de maneira significativa dessa realocação global. Suas exportações para o Sul Global mais do que dobraram desde 2015, e o país já vende mais para a Ásia, América Latina e Oriente Médio do que para os Estados Unidos e a Europa Ocidental. As tarifas americanas, que pretendiam consolidar o domínio dos EUA, acabaram por impulsionar a integração comercial entre países alternativos ao mercado norte-americano.

O cenário revela que políticas unilaterais e protecionistas têm efeito reverso: em vez de reforçar a posição americana, fortalecem concorrentes e incentivam soluções de longo prazo entre os países atingidos. O mundo comercial está se redesenhando, e o epicentro do comércio global parece deslocar-se da América do Norte para o Sul e o Leste globais.

Trump pode até desejar que os Estados Unidos continuem sendo o centro das atenções, mas as evidências mostram que essa centralidade está se diluindo, abrindo espaço para novos protagonistas, com a China liderando a corrida.


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