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São Jerônimo, RS,25/08/2025

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Morre o cartunista Jaguar, um dos fundadores do Pasquim, aos 93 anos

Desenhista fez história no semanário satírico e criou personagens como Sig, Gastão, o Vomitador, Bóris, o Homem-Tronco

Divulgação
Morre o cartunista Jaguar, um dos fundadores do Pasquim, aos 93 anos Cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, conhecido como Jaguar
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O cartunista Jaguar, um dos fundadores do icônico jornal O Pasquim, morreu neste domingo (24), no Rio de Janeiro, aos 93 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do hospital Copa D’Or.

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Segundo comunicado, Jaguar estava internado havia semanas por uma infecção respiratória, que evoluiu para complicações renais. Nos últimos dias, recebia cuidados paliativos.

Nascido Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe em 29 de fevereiro de 1932, Jaguar marcou a imprensa com humor irreverente, traço contestador e uma trajetória intimamente ligada à vida boêmia carioca.

O Pasquim e a resistência à ditadura

Criado em 1969, em plena ditadura militar, O Pasquim se tornou referência do jornalismo alternativo e de resistência. Ao lado de nomes como Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil e Paulo Francis, Jaguar ajudou a transformar o semanário em símbolo da crítica política e dos costumes da época.

Em seu auge, o tabloide chegou a vender mais de 200 mil exemplares por edição. O nome da publicação foi sugestão do próprio Jaguar, inspirado no termo italiano paschino, que designava panfletos satíricos.

Humor ácido e personagens marcantes

Embora dissesse detestar desenhar, Jaguar criou figuras memoráveis, como o ratinho Sig, o sarcástico Gastão, o Vomitador, e Bóris, o Homem-Tronco. Também publicou livros como Ipanema – Se Não Me Falha a Memória (2000) e Confesso que Bebi (2001), onde misturava memórias pessoais e crônicas da vida nos bares cariocas.

Vida boêmia e irreverência

Carioca de espírito — embora sempre tenha se declarado “turista permanente” da cidade — Jaguar foi um dos fundadores da Banda de Ipanema, tradicional bloco de carnaval. Orgulhava-se de sua vida de bar e da irreverência que também o levou a polêmicas, como quando devolveu a Medalha Pedro Ernesto após descobrir que Roberto Jefferson também havia sido homenageado.

Últimos anos

Reconhecido como um dos maiores nomes do humor gráfico brasileiro, Jaguar foi anistiado em 2008 pelo governo federal e recebeu indenização por perseguições sofridas na ditadura. Nos últimos anos, enfrentou problemas de saúde, incluindo câncer no fígado, mas manteve o humor sarcástico que sempre o caracterizou.

Com sua morte, o Brasil perde uma das figuras mais marcantes da imprensa satírica e da luta pela liberdade de expressão.



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