Marcelo Marques anuncia que não será candidato à presidência do Grêmio
Decisão foi divulgada na tarde desta quarta-feira

Durante entrevista ao programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (27/08), o empresário Marcelo Marques, dono da Marquespan, anunciou que não será candidato à presidência do Grêmio nas eleições marcadas para setembro. Segundo ele, a decisão foi motivada pela dificuldade de adaptação às questões políticas do clube.
— Não sou mais candidato. É uma decisão irreversível. — Será que tenho que ser presidente mesmo? Será que o certo não é ficar ajudando como Celso Rigo (empresário que empresta dinheiro para contratar)?
O ambiente político do clube e a pressão pública, mesmo sem ser presidente, pesaram para a tomada da decisão:
— O Grêmio existe, a gente ama o Grêmio desse jeito, mas realmente por tudo esse peso e mais essa questão política eu não vou me adaptar à política eu não serei candidato. Foi uma análise equivocada minha de que conseguiria cuidar de tudo e estando lá passar por cima da questão política.
Ele abriu portas para o futuro:
— Posso me preparar para o melhor. Daqui a 10, 12 anos, quem sabe? Embora tenha perdido a credibilidade por ter saído nessa hora.
Empresário do ramo alimentício, Marcelo Marques é presidente do Grupo Marquespan, maior fabricante de pão francês do mundo, segundo dados da empresa. Torcedor declarado do Grêmio, ele fundou o movimento “O Grêmio é Nosso”, que se posiciona contra a transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Em julho deste ano, Marcelo ganhou projeção ao anunciar a compra dos direitos de gestão da Arena do Grêmio, por R$ 130 milhões, em acordo com a Revee e a Arena Porto-Alegrense, antigas administradoras do estádio.
Também teve participação na vinda do atacante Luis Suárez ao clube, em 2023, contribuindo financeiramente com a operação.
Apesar de ter sido considerado um dos nomes mais fortes na disputa presidencial do Grêmio para o triênio 2026–2028, Marcelo Marques anunciou sua desistência da candidatura, alegando incompatibilidade com as dinâmicas políticas internas do clube.
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