Revisão da tabela do IR deve movimentar economia e beneficiar mais de 20 milhões de pessoas
Governo prevê isenção de até R$ 5 mil e compensação por tributação de altas rendas, com previsão de início em 2026, caso o Congresso aprove a medida

A ampliação do número de contribuintes isentos de pagar Imposto de Renda (IR) deverá gerar mais consumo e movimentar o comércio em todo o país, afirmou nesta quarta-feira (27) o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo ele, a medida beneficiará mais de 20 milhões de pessoas quando entrar em vigor.
Durante o programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela EBC, Rui Costa explicou que os valores que deixarão de ser recolhidos pelo IR deverão ser gastos em alimentos, roupas, remédios e lazer, contribuindo diretamente para a economia e melhorando a qualidade de vida das famílias.
O governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta que amplia a faixa de isenção total do IR para R$ 5 mil – praticamente dobrando o limite atual de R$ 2.824. O projeto prevê ainda desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil e tributação mínima para altas rendas, atingindo 141,4 mil contribuintes que hoje não contribuem com o imposto.
Rui Costa afirmou acreditar que a tramitação da proposta no Congresso permitirá que ela comece a vigorar em 1º de janeiro de 2026, mesmo diante de resistência da oposição. Ele reforçou que o objetivo é garantir dignidade a quem ganha menos, promovendo maior justiça social e redução de desigualdades.
O ministro também rebateu críticas de prefeitos sobre possíveis impactos nas contas municipais, destacando que a lógica de compensação automática não se aplica e que União, estados e municípios continuam recebendo receitas tributáveis.
Rui Costa citou ainda que o governo federal tem apoiado estados e municípios por meio de investimentos históricos, como a transferência de R$ 109 bilhões ao Rio Grande do Sul e recursos para infraestrutura em Belém (PA), incluindo cabos de internet que permitirão atração de novas empresas.
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