RS já tem seis pré-candidatos ao Governo do Estado
Desde a redemocratização, a disputa estadual registra, em média, sete candidatos

A pouco mais de um ano das eleições de 2026, a corrida ao governo do Rio Grande do Sul começa a ganhar forma. Até o momento, seis nomes já se apresentaram como pré-candidatos ao Palácio Piratini, enquanto o PT — dono da maior bancada na Assembleia Legislativa — ainda discute quem será seu representante.
Desde a redemocratização, a disputa estadual registra, em média, sete candidatos. Tudo indica que o próximo pleito seguirá a tradição.
As convenções partidárias, que oficializarão candidaturas e coligações, estão previstas para julho e agosto de 2026. Até lá, os partidos devem intensificar negociações, em busca de alianças que podem alterar o atual cenário.
Os pré-candidatos já anunciados
Gabriel Souza (MDB) – atual vice-governador, tenta se firmar como herdeiro político de Eduardo Leite (PSD). Sua pré-campanha, lançada em junho, aposta na continuidade do atual governo e busca alianças com partidos da base. O MDB, porém, não abre mão de liderar a chapa.
Covatti Filho (PP) – presidente estadual do partido, defende que os Progressistas tenham candidatura própria. Embora haja conversas com outras siglas, o PP insiste em ocupar a cabeça de chapa. Nos bastidores, no entanto, não se descarta compor como vice em alianças com MDB ou PL.
Luciano Zucco (PL) – o primeiro a se lançar, em junho, promete representar a direita gaúcha. Já conta com apoio do Novo e mantém diálogo com Republicanos, Podemos e até setores do PSDB.
Paula Mascarenhas (PSDB) – secretária estadual e aliada de Eduardo Leite, tenta consolidar sua pré-candidatura mesmo após o governador declarar apoio a Gabriel Souza. Paula se apresenta como continuidade do atual governo, mas denuncia “descrença misógina” em sua viabilidade.
Juliana Brizola (PDT) – neta de Leonel Brizola e ex-candidata à prefeitura de Porto Alegre em 2024, aposta na construção de uma frente ampla de centro-esquerda. O PDT avalia que Juliana tem potencial de crescimento e não descarta alianças com o PT.
Indefinição no PT
Entre os petistas, a disputa interna continua. Três nomes circulam como possíveis candidatos:
- Edegar Pretto (PT), que concorreu em 2022;
- Paulo Pimenta (PT), ex-ministro extraordinário da Reconstrução;
- Pepe Vargas (PT), atual presidente da Assembleia.
Enquanto Pimenta também aparece como opção para o Senado, o veterano Paulo Paim já anunciou que tentará a reeleição, gerando debates internos. A ex-deputada Manuela d’Ávila, que deixou o PCdoB, segue indefinida sobre seu futuro partidário, o que também impacta nas costuras da esquerda.
A decisão sobre o nome ao Piratini deve ocorrer no segundo semestre, em diálogo com aliados como PSOL, PCdoB, PDT e PSB.
COMENTÁRIOS