Eduardo Bolsonaro articula pressão contra Moraes na Europa
Deputado busca apoio de políticos de extrema-direita de países como Polônia, Espanha e Portugal

Depois da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo governo dos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ampliou sua articulação internacional para pressionar o magistrado, agora com foco na Europa. A informação é do jornal O Globo.
O parlamentar mantém contatos com integrantes da extrema-direita de países como Polônia, Finlândia, Portugal, França, Grécia e Espanha, muitos com assento no Parlamento Europeu. O grupo compartilha pautas próximas ao bolsonarismo, como críticas à regulamentação das redes sociais e oposição a políticas pró-LGBT, além de reforçar temas como a imigração.
Eduardo planeja viajar ao continente no dia 12 de setembro, mesma data em que o STF deve concluir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo aliados, o objetivo é “intensificar a pressão internacional” contra Moraes.
Na última semana, 16 parlamentares europeus assinaram um requerimento pedindo sanções contra o ministro. O documento foi anunciado pelo deputado polonês Dominik Tarczynski, que acusou Moraes de usar o Judiciário brasileiro como “arma contra oponentes políticos”.
Apoios no Parlamento Europeu
Entre os articuladores que interagem com Eduardo estão:
- Dominik Tarczynski (Polônia) – anunciou o pedido de sanções contra Moraes no Parlamento Europeu.
- Antonio Tânger Corrêa (Portugal) – ex-candidato do partido Chega, conhecido por declarações anti-imigração.
- Jorge Martín Frías (Espanha) – ligado ao partido Vox, acusa Moraes de cometer abusos contra a família Bolsonaro.
- Virginie Joron (França) – deputada do Reagrupamento Nacional, partido de Marine Le Pen.
- Sebastian Tynkkynen (Finlândia) – crítico das restrições europeias às redes sociais.
- Afroditi Latinopoulou (Grécia) – defende restrições a símbolos e bandeiras LGBT em escolas.
Segundo O Globo, a estratégia de Eduardo Bolsonaro é transformar a rede internacional de ultraconservadores em um canal de pressão política contra o STF e, principalmente, contra Alexandre de Moraes.
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