Os municípios da Região Carbonífera abriram 28 postos formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (27/08) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é fruto de 1.176 contratações e 1.148 demissões. O número representa um leve  recuperação em relação ao mês de junho, quando a região fechou 144 postos de trabalho e quase todos os municípios tiveram saldo negativo.

Os dados do Caged de julho mostram um cenário de contrastes na geração de empregos formais na Região Carbonífera. Enquanto cidades como Minas do Leão, Triunfo e São Jerônimo encerraram o mês em alta, outras, como Butiá, Charqueadas e Barão do Triunfo, registraram retração nos postos de trabalho.

Em Triunfo, o melhor desempenho da região, foram criadas 93 vagas. O resultado foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, com 123 novos empregos, e pela indústria, que abriu 28 postos. Já a construção civil foi o ponto negativo, com perda de 60 empregos. Minas do Leão também apresentou crescimento, com 15 vagas a mais, sustentadas pelo setor comercial, que gerou seis novos postos, e pela agropecuária, com saldo positivo de 18 empregos. Outro município com saldo positivo foi São Jerônimo, que registrou três vagas, resultado garantido pelo setor de serviços (+14) e pela indústria (+4), apesar das quedas no comércio e na construção civil.

Na outra ponta, Butiá teve o pior saldo da região, com 59 empregos a menos, influenciado principalmente pelo desempenho negativo da construção civil, que eliminou 64 vagas. Charqueadas também recuou, com 29 postos a menos, resultado afetado sobretudo pela indústria (-31) e pela construção (-13). Já Barão do Triunfo fechou o período com três empregos a menos, devido à retração em serviços e comércio.

Em contrapartida, Arroio dos Ratos e General Câmara tiveram pequenos saldos positivos, de seis e duas vagas, respectivamente, puxados pelo setor de serviços.

Análise detalhada do emprego nos municípios da Carbonífera

A análise geral mostra que o setor de serviços foi o grande motor da geração de empregos, garantindo resultados positivos em quase todas as cidades. Já a construção civil foi o setor mais fragilizado, acumulando perdas significativas na maior parte dos municípios.

Apesar das oscilações locais, os dados refletem a diversidade econômica da região: enquanto cidades mais industriais, como Triunfo, conseguem gerar saldos mais robustos, municípios menores enfrentam maior vulnerabilidade às demissões em setores específicos.

Arroio dos Ratos

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes ao último mês mostram que Arroio dos Ratos fechou com saldo positivo de empregos formais. Foram 51 admissões contra 45 desligamentos, resultando em seis novos postos de trabalho no município.

O setor de serviços foi o principal destaque, com saldo positivo de 11 vagas, após registrar 21 contratações e 10 demissões. A agropecuária também teve desempenho favorável, criando uma vaga. Já os segmentos da indústria e da construção ficaram estáveis, sem variação. O comércio, por outro lado, teve saldo negativo de seis postos, após admitir 16 trabalhadores e desligar 22.

Com um estoque total de 1.542 empregos formais, Arroio dos Ratos registrou variação relativa positiva de 0,39% no nível de ocupação, sinalizando uma leve recuperação no mercado de trabalho local.

Barão do Triunfo

O mercado de trabalho formal em Barão do Triunfo encerrou o mês em queda, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 12 admissões e 15 desligamentos, resultando em um saldo negativo de três postos de trabalho.

O destaque positivo ficou com a agropecuária, que registrou duas novas vagas, e com a indústria, que abriu uma. Por outro lado, os setores de comércio e serviços puxaram o resultado para baixo, com saldos negativos de dois e quatro empregos, respectivamente. A construção civil manteve-se estável, sem variação.

Com um estoque total de 261 vínculos formais, Barão do Triunfo teve uma variação relativa negativa de -1,14%, refletindo retração na ocupação. O setor de serviços foi o mais afetado, com queda de mais de 3% no número de empregos.

Butiá

O município de Butiá registrou retração no mercado de trabalho formal no último mês, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 112 admissões e 171 desligamentos, o que resultou em saldo negativo de 59 postos de trabalho.

O setor mais afetado foi a construção civil, que perdeu 64 vagas, apresentando queda de mais de 77% em relação ao estoque do mês anterior. A agropecuária também fechou em baixa, com saldo negativo de 12 empregos, assim como a indústria, que encerrou com menos seis vagas. Por outro lado, os segmentos de comércio e serviços registraram crescimento. O comércio abriu três novos postos e os serviços tiveram saldo positivo de 22 vagas, sendo este o setor que mais contribuiu para conter uma queda ainda maior.

No total, Butiá terminou o mês com um estoque de 3.532 empregos formais, variação relativa de -1,64%. O desempenho reflete o impacto das demissões na construção e reforça a importância do setor de serviços na manutenção do nível de emprego no município.

Charqueadas

Charqueadas encerrou o último mês com desempenho negativo no mercado de trabalho formal, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 188 admissões e 217 desligamentos, o que resultou em saldo de 29 vagas a menos.

Entre os setores, a indústria foi o mais impactado, com perda de 31 postos de trabalho. A construção civil também recuou, com saldo negativo de 13 empregos, e os serviços fecharam com menos quatro. Já o comércio foi o segmento que mais contribuiu para reduzir as perdas, com saldo positivo de 15 vagas, seguido da agropecuária, que abriu quatro novos postos.

No total, o município registrou um estoque de 6.232 vínculos formais, o que representa uma variação relativa de -0,46% em relação ao mês anterior. O resultado mostra que, apesar de setores como comércio e agropecuária apresentarem crescimento, o peso das demissões na indústria e na construção manteve o saldo geral negativo.

General Câmara

O município de General Câmara registrou desempenho positivo no mercado de trabalho formal no último mês, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 7 admissões e 5 desligamentos, o que resultou em um saldo de 2 novos postos de trabalho.

O melhor resultado veio da agropecuária, que abriu três vagas, seguida da indústria, com saldo de duas. A construção civil permaneceu estável, enquanto o comércio apresentou retração, perdendo três postos de trabalho. O setor de serviços não teve movimentação registrada no período.

Com um estoque de 457 empregos formais, General Câmara encerrou o mês com variação relativa de 0,44% no nível de ocupação. Apesar da queda no comércio, a geração de vagas na agropecuária e na indústria garantiu saldo positivo para o município.

Minas do Leão

Minas do Leão fechou o último mês com resultado positivo na geração de empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 70 admissões contra 55 desligamentos, o que garantiu um saldo de 15 novas vagas de trabalho.

O melhor desempenho foi da agropecuária, que abriu 18 postos, seguida do comércio, com saldo positivo de seis. Já a indústria registrou retração, com oito vagas a menos, e a construção civil perdeu uma. O setor de serviços manteve estabilidade, sem variação no período.

Com isso, o município passou a contar com 1.281 vínculos formais de trabalho, o que representa uma variação relativa positiva de 1,18%. O resultado mostra que a agropecuária foi determinante para puxar a geração de empregos em Minas do Leão, compensando as perdas registradas na indústria e na construção.

São Jerônimo

São Jerônimo encerrou o último mês com saldo positivo na geração de empregos formais, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 94 admissões contra 91 desligamentos, o que garantiu um resultado de três novas vagas de trabalho.

O destaque ficou com o setor de serviços, que abriu 14 postos e foi o principal responsável pelo desempenho positivo do município. A indústria também apresentou crescimento, com saldo de quatro vagas. Já a construção civil e o comércio registraram retração, com perda de cinco e sete empregos, respectivamente, enquanto a agropecuária fechou três vagas.

No total, São Jerônimo passou a contar com 3.355 vínculos formais de trabalho, o que representa uma variação relativa de 0,09% em relação ao mês anterior. Apesar do saldo modesto, o avanço nos serviços e na indústria garantiu que o município terminasse o período em campo positivo.

Triunfo

Triunfo apresentou saldo positivo na geração de empregos formais no último mês, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Foram 642 admissões e 549 desligamentos, o que garantiu a abertura de 93 novas vagas de trabalho.

O setor de serviços foi o principal responsável pelo resultado, com 123 empregos a mais, seguido pela indústria, que gerou 28 postos. A agropecuária também contribuiu, ainda que de forma modesta, com saldo de quatro vagas. Em contrapartida, a construção civil registrou a maior retração, com 60 empregos a menos, enquanto o comércio teve leve queda de duas vagas.

No total, Triunfo passou a contar com 14.543 vínculos formais de trabalho, representando uma variação relativa de 0,64% em relação ao mês anterior. O desempenho reforça a importância do setor de serviços e da indústria como motores da economia local, apesar da forte perda registrada na construção civil.