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São Jerônimo, RS,25/08/2025

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Pesquisa valoriza queijo colonial gaúcho e destaca sua importância socioeconômica

Estudo realizado por Emater/RS-Ascar, Seapi e Ulbra caracteriza produção artesanal e reforça tradição do alimento no sul do Brasil

Fernando Dias / Seapdr
Pesquisa valoriza queijo colonial gaúcho e destaca sua importância socioeconômica Estudo realizado por Emater/RS-Ascar, Seapi e Ulbra caracteriza produção artesanal e reforça tradição do alimento no sul do Brasil
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O queijo colonial, símbolo da cultura alimentar do Rio Grande do Sul, acaba de ganhar novo reconhecimento científico e regulatório. Um projeto desenvolvido em parceria entre a Emater/RS-Ascar, o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi) e a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) resultou na publicação da Circular Técnica nº 28 – “Caracterização do Queijo Colonial: valorização de um produto tradicional do sul do Brasil”.

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O estudo possibilitou a criação do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do Queijo Colonial Artesanal do RS, oficializado pela Instrução Normativa nº 2, de 31 de março de 2023.

Pesquisa inédita no estado

Para compreender o universo da produção, foi aplicado um questionário com 22 perguntas a 293 propriedades rurais, selecionadas entre mais de oito mil produtores do estado. Destas, 82 possuíam agroindústrias formalizadas, enquanto 211 produziam de forma caseira.

Segundo a pesquisadora do DDPA/Seapi, Larissa Ambrosini, o trabalho preenche uma lacuna histórica:

— Embora a produção desse queijo faça parte da cultura alimentar do sul do Brasil e tenha grande importância socioeconômica, ainda eram escassos estudos que abordassem sua caracterização, levando em consideração os aspectos físico-químicos, microbiológicos, tecnológicos, sensoriais e sociais — destacou.

A pesquisadora da Emater/RS-Ascar, Bruna Bresolin, reforçou a relevância da iniciativa:

— O projeto de pesquisa evidencia a importância do trabalho em conjunto entre pesquisa e extensão rural, possibilitando um diagnóstico completo e ações concretas para a cadeia do queijo colonial — afirmou.

Produto que virou renda

De acordo com os resultados, o queijo colonial é produzido majoritariamente por mulheres agricultoras familiares, com leite cru ou pasteurizado, coalho e sal. Em sua maioria, os queijos têm formato redondo (60,8%) ou retangular (33,9%), peso médio de 1,22 kg e maturação de aproximadamente 9 dias.

Antes restrito ao consumo doméstico, o queijo passou a representar mais de 30% da renda familiar de muitos agricultores, sendo comercializado principalmente de forma direta ao consumidor.

Além disso, o estudo destacou a influência das raças bovinas na qualidade do produto: Jersey, Holandesa ou cruzamentos entre ambas conferem sabor e características únicas, associadas à biodiversidade local.

Patrimônio cultural e gastronômico

Com mais de duas décadas de tradição em muitas famílias produtoras, o queijo colonial gaúcho deixou de ser apenas um alimento caseiro e tornou-se patrimônio cultural e fonte de renda sustentável. O novo regulamento técnico busca valorizar esse produto típico, garantindo qualidade, identidade e reconhecimento oficial no mercado.


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