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São Jerônimo, RS,25/08/2025

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Tarifaço dos EUA afeta trabalhadores gaúchos e mobiliza governo federal

Setores exportadores adotam férias coletivas e estocagem; governo amplia medidas de proteção e Alckmin reforça negociação e diversificação de mercados

Abicalçados / Banco de Imagens
Tarifaço dos EUA afeta trabalhadores gaúchos e mobiliza governo federal Segundo dados da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), setores como calçados, máquinas, equipamentos e têxtil são os mais afetados
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O tarifaço aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros impacta diretamente trabalhadores de diferentes setores no Rio Grande do Sul, segundo informações da Zero Hora e da Agência Brasil. Da apicultura à indústria calçadista e metalúrgica, as empresas têm buscado alternativas para preservar empregos e produção enquanto aguardam desdobramentos das negociações internacionais.

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Na apicultura, que produz cerca de 25 a 30 mil toneladas de mel destinadas à exportação anualmente no Sul do país, milhares de famílias estão diretamente afetadas. A Honey Yards, exportadora de Taquara, recebe produção de 1,5 mil famílias associadas e atualmente mantém em estoque 10 contêineres de mel, aguardando novas oportunidades de mercado. O apicultor Sérgio Adams alerta que, sem alternativa de venda, a renda de milhares de famílias que dependem da atividade pode ser comprometida. Entre as opções estudadas, está a destinação do mel à merenda escolar.

Na indústria, a resposta tem sido a concessão de férias coletivas. Trabalhadores da Calçados Killana, da Taurus e da Companhia Brasileira de Cartuchos foram temporariamente afastados do trabalho, enquanto empresas esperam a retomada das exportações. Sindicatos alertam que a medida busca evitar demissões, que continuam sendo a principal preocupação dos trabalhadores.

Segundo dados da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), setores como calçados, máquinas, equipamentos e têxtil são os mais afetados. Por outro lado, empresas com foco em mercados alternativos, como Europa, continuam contratando, minimizando impactos imediatos em algumas regiões.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil vai superar a crise e destacou que apenas 3,3% das exportações brasileiras aos EUA estão diretamente afetadas pelo tarifaço. Ele reforçou a importância da diversificação de mercados, citando acordos com Mercosul-União Europeia, Mercosul-EFTA, Singapura e Emirados Árabes Unidos, além de medidas internas, como linhas de crédito e suspensão de tributos sobre insumos importados.

Alckmin também ressaltou que o governo abriu reclamação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas, e que o caso pode chegar a tribunais nos EUA, buscando proteger a economia nacional e reduzir os impactos sobre os exportadores brasileiros.

Além disso, o Governo Federal, estados e municípios passarão a adquirir alimentos de produtores afetados pelo tarifaço, segundo informações da Agência Gov. A medida, regulamentada pela Portaria Interministerial nº 12, permite que agricultores familiares e empresas que tiveram exportações impactadas forneçam gêneros alimentícios diretamente à administração pública, sem licitação, para abastecer escolas públicas e formar estoques estratégicos. Entre os produtos estão açaí, água de coco, castanhas, mel, manga, pescados e uva.

Os produtores deverão comprovar que foram afetados pelo tarifaço, por meio de Declaração de Perda na exportação ou Autodeclaração de Perda, conforme o caso. A medida integra o Plano Brasil Soberano, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prevê ações de proteção aos exportadores, preservação de empregos, incentivo a investimentos estratégicos e continuidade do desenvolvimento econômico. O Plano garante R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para crédito com taxas acessíveis, ampliação de linhas de financiamento, suspensão de tributos e aumento da restituição via Reintegra.


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