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São Jerônimo, RS,04/09/2025

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Industriais buscam reverter tarifaço nos EUA enquanto Eduardo Bolsonaro condiciona acordo à anistia

Comitiva liderada pela CNI busca diálogo com empresários norte-americanos; deputado afirma que solução passa pela aprovação da anistia no Congresso

CNI / Divulgação
Industriais buscam reverter tarifaço nos EUA enquanto Eduardo Bolsonaro condiciona acordo à anistia Missão também conta com aproximadamente 80 empresários brasileiros e 50 norte-americanos
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Empresários brasileiros estão em Washington, nos Estados Unidos, em missão organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para tentar reverter o tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump às exportações do Brasil. A medida elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, um dos patamares mais altos anunciados até agora na escalada da guerra comercial.

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A comitiva reúne dirigentes de federações industriais de Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Goiás e São Paulo, além de cerca de 80 empresários brasileiros e 50 norte-americanos. O grupo busca apoio de entidades como a Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber) para pressionar pela revisão das tarifas ou pela inclusão de novos produtos na lista de exceção.

Segundo o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, a articulação envolve a construção de uma frente conjunta com empresários americanos. — Estamos trabalhando juntos para que ambos os governos se sentem à mesa e encontrem uma saída para esse impasse — declarou.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, reforçou que o objetivo é priorizar argumentos técnicos e comerciais, deixando de lado disputas de caráter político ou geopolítico. — Queremos garantir uma porta de diálogo e criar alternativas para enfrentar equívocos que não são da ordem econômica, mas sim política — disse.

Pressão política

Em meio à agenda empresarial, o deputado Eduardo Bolsonaro afirmou, em Washington, que a solução para o tarifaço depende da aprovação da anistia em discussão no Congresso Nacional.

— Está muito claro que não é uma questão comercial. Então, a melhor maneira para solucionar isso é em Brasília. O primeiro passo é votar a anistia — disse.

Segundo o parlamentar, somente após a aprovação da medida será possível negociar em melhores condições com o governo Trump. Ele acrescentou que não participará oficialmente do evento da CNI, mas mantém encontros paralelos com empresários.

Eduardo Bolsonaro também afirmou esperar alguma reação da Casa Branca em relação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, iniciado no Supremo Tribunal Federal (STF). — Como o presidente Trump já se manifestou publicamente sobre o que chama de perseguição política no Brasil, é de se imaginar que haverá algum tipo de resposta — declarou.

Reação do governo brasileiro

O governo federal anunciou no último dia 13 o Plano Brasil Soberano, que prevê linhas de crédito e medidas de apoio a exportadores afetados. Apenas do Fundo Garantidor de Exportações, serão R$ 30 bilhões disponibilizados, com prioridade para empresas mais dependentes das vendas aos EUA.

Também estão previstos aportes de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores e R$ 5 bilhões pelo Novo Reintegra, programa de incentivo às exportações. O acesso às linhas estará condicionado à manutenção dos empregos.

Enquanto a diplomacia empresarial tenta abrir caminhos em Washington, o impasse entre fatores econômicos e políticos reforça a complexidade da crise comercial, que já afeta setores produtivos em todo o país.


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