Setembro terá chuva acima da média e risco de temporais no Rio Grande do Sul
Mês começa com volumes expressivos na primeira quinzena e variação de temperaturas; calor extremo deve predominar em outras regiões do país

O mês de setembro inicia com previsão de acumulados de chuva acima da média no Rio Grande do Sul, especialmente na metade Norte. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), áreas que abrangem o Noroeste e o Nordeste do Estado podem registrar entre 50 mm e 75 mm a mais do que o esperado para o período, o que pode elevar os índices para até 220 mm em alguns pontos.
Na Região Metropolitana, no Litoral, na Campanha e na Região Central, os volumes também devem ficar acima da normalidade, embora em menor intensidade. O maior acumulado é previsto para a primeira quinzena, com destaque já na primeira semana, quando frentes frias associadas ao calor vindo do interior do país devem potencializar o risco de temporais.
Esse contraste térmico típico da transição para a primavera, que começa no dia 22, pode provocar episódios de vento forte, descargas elétricas e queda de granizo. Apesar da variabilidade, a expectativa é de que setembro encerre com temperaturas dentro da média climatológica, embora em alguns dias os termômetros possam superar os 30 °C.
Nos últimos dois anos, o Estado registrou índices muito acima da média em setembro, com volumes que ultrapassaram os 600 mm em alguns municípios em 2023 e ficaram quase o dobro do esperado em 2024. Para 2025, especialistas não projetam chuvas na mesma magnitude, mas reforçam o alerta para episódios extremos, já que o RS está sob condição de neutralidade climática, sem a atuação de El Niño ou La Niña.
Enquanto o Rio Grande do Sul terá atenção voltada para o excesso de chuva, em grande parte do Brasil setembro começa com calor intenso. Regiões do Centro-Oeste, Tocantins, Pará, interior do Nordeste e parte do Sudeste devem enfrentar temperaturas próximas dos 40 °C, com baixa umidade do ar, variando entre 20% e 30%. No Sul, a chuva mais frequente ficará concentrada no território gaúcho, com risco de tempestades mais severas.
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