Cresce número de casos graves de Covid-19 no Brasil: baixa adesão à vacinação preocupa autoridades
Atualmente, a vacinação faz parte do calendário nacional para gestantes, idosos e crianças

O Brasil voltou a registrar aumento nos casos graves de Covid-19. O boletim InfoGripe, da Fiocruz, apontou crescimento de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causadas pelo coronavírus em quatro estados: Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba.
Embora os números gerais ainda sejam considerados baixos, a proporção de infecções por Covid-19 entre os casos de SRAG praticamente dobrou nas últimas semanas, passando de 7% para 11,5%. O dado reforça a preocupação com a vacinação, já que a cobertura vacinal no país está abaixo do ideal.
Em Porto Alegre, o Hospital Nossa Senhora da Conceição confirmou um surto que já contabiliza 62 pacientes infectados e uma morte desde agosto. A maioria dos casos ocorreu entre pessoas não vacinadas, o que levou a instituição a reforçar medidas de prevenção, como uso obrigatório de máscaras em visitas e restrição no número de acompanhantes.
Segundo dados da Operação Inverno da Prefeitura da Capital, a cobertura vacinal contra a Covid-19 é de apenas 60% entre grupos prioritários e 58,6% considerando toda a população. O índice está distante da meta de 90% estabelecida pelas autoridades de saúde.
Quem deve se vacinar
Atualmente, a vacinação contra a Covid-19 faz parte do calendário nacional para gestantes, idosos e crianças. Para pessoas idosas a recomendação é de reforço a cada seis meses, enquanto gestantes devem receber uma dose a cada gravidez. Crianças de seis meses a cinco anos também têm esquema definido, conforme o fabricante da vacina.
Grupos prioritários como imunocomprometidos, pessoas com comorbidades, trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas em situação de rua e privados de liberdade também seguem recebendo doses periódicas. Para quem não integra os grupos de risco, não há previsão de reforços.
Autoridades reforçam que a vacinação é a principal forma de proteção contra a doença e que a baixa adesão pode ampliar os riscos diante do avanço de novas variantes, que seguem em circulação no Brasil.
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