O Brasil está, neste momento, com seis suspeitas de gripe aviária em análise laboratorial. É o que aponta o Painel da Influenza Aviária do Ministério da Agricultura, que atualiza os dados em tempo real. Dessas, uma é no Rio Grande do Sul e as demais, em Tocantins, Mato Grosso, Ceará, Sergipe e Santa Catarina, quase todas em aves de subsistência. Desses, dois envolvem granjas comerciais.

Entre os focos em investigação, um está localizado em Aguiarnópolis (TO). De acordo com o Mapa, análises preliminares indicam presença de Influenza A com baixa probabilidade de alta patogenicidade. O outro foco em granja comercial está em Ipumirim (SC).

Durante coletiva com a imprensa nesta segunda-feira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que ainda não há confirmação da doença nas granjas investigadas e destacou a atuação rigorosa do sistema de controle sanitário nacional.

— Todo o sistema está mais alerta. Ao menor sinal de suspeita, a notificação é feita e iniciamos a investigação imediatamente. A transparência e o bloqueio rápido dos casos são fundamentais para manter a confiança internacional — declarou o ministro.

Exportações impactadas

A preocupação internacional com os casos suspeitos já resultou na suspensão das exportações de carne de frango brasileira por nove países: China, União Europeia, Canadá, África do Sul, Chile, Argentina, Uruguai, México e Coreia do Sul. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, confirmou as suspensões.

Além dessas restrições gerais, o Japão impôs medidas regionalizadas: suspendeu as importações de frango do município de Montenegro (RS) e de aves vivas provenientes do Rio Grande do Sul.

Histórico e monitoramento

Desde 2022, o Brasil já registrou 168 focos confirmados de gripe aviária de alta patogenicidade, sendo apenas um deles em granja comercial. Mais de 3,9 mil investigações foram realizadas nesse período.

Em nota técnica publicada neste domingo (18/05), o governo do Rio Grande do Sul informou estar analisando um novo caso em aves de subsistência, que evoluiu para coleta de amostras em área de vigilância.

A retomada das exportações dependerá de negociações bilaterais, conduzidas caso a caso pelo governo federal.