Seja bem-vindo
São Jerônimo, RS,22/07/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Brasil inaugura maior biofábrica do mundo para combater a dengue

Unidade em Curitiba produzirá 100 milhões de ovos por semana e beneficiará 140 milhões de brasileiros

Jerônimo Gonzales / MS
Brasil inaugura maior biofábrica do mundo para combater a dengue Com capacidade para produzir 100 milhões de ovos por semana, a unidade ampliará significativamente a escala do projeto
Publicidade

O Ministério da Saúde deu um passo decisivo no enfrentamento à dengue e outras arboviroses neste sábado (19/07), ao inaugurar, em Curitiba (PR), a maior biofábrica do mundo dedicada à produção de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria wolbachia. A tecnologia inovadora impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam dentro do mosquito, interrompendo a cadeia de transmissão.

Publicidade

A nova fábrica foi viabilizada por meio de uma parceria entre a Fiocruz, a Wolbito do Brasil, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP), com investimento superior a R$ 82 milhões.

— Não existe nenhum lugar no mundo que produza a quantidade de mosquitos que passaremos a produzir aqui no Brasil com essa tecnologia inovadora — afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a inauguração.

Com capacidade para produzir 100 milhões de ovos por semana, a unidade ampliará significativamente a escala do projeto, que antes era restrito à biofábrica da Fiocruz no Rio de Janeiro. A estimativa é de que 140 milhões de brasileiros em cerca de 40 municípios sejam beneficiados nos próximos anos.

Tecnologia promissora

A wolbachia é uma bactéria naturalmente presente em cerca de 60% dos insetos, mas não no Aedes aegypti. Ao ser introduzida nesses mosquitos em laboratório, ela bloqueia o desenvolvimento dos vírus responsáveis por doenças como dengue, Zika e chikungunya. Quando os mosquitos com wolbachia são liberados no meio ambiente, eles se reproduzem com os mosquitos selvagens, gerando novas gerações menos capazes de transmitir os vírus. Com o tempo, a população de mosquitos infectados substitui a original, sem necessidade de novas liberações.

A técnica já é usada no Brasil há mais de uma década e tem demonstrado eficácia. Em Niterói (RJ), por exemplo, os casos de dengue caíram 69% nos bairros onde a tecnologia foi aplicada. Desde 2023, o Ministério da Saúde tem expandido o uso da estratégia para áreas prioritárias.

Alcance e economia

Atualmente, 16 cidades brasileiras estão incluídas no projeto, incluindo capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Natal, Brasília e Londrina. Além dos benefícios à saúde pública, o método também tem forte impacto econômico: para cada R$ 1 investido, estima-se uma economia de até R$ 500 em custos com medicamentos, internações e tratamentos.

Estratégia nacional contra arboviroses

A iniciativa da biofábrica integra um conjunto de ações estruturadas pelo Ministério da Saúde para combater as arboviroses, com foco em seis eixos: prevenção, vigilância, controle vetorial, rede assistencial, resposta a emergências e comunicação com a população.

O Brasil também foi o primeiro país a oferecer a vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Mais de 16 milhões de doses já foram adquiridas, e o Instituto Butantan se prepara para iniciar a produção nacional do imunizante ainda em 2025, com capacidade para fabricar 60 milhões de doses por ano.

Publicidade



COMENTÁRIOS

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.