Maioria nas redes apoia operação da PF contra Bolsonaro, aponta Quaest
Monitoramento identificou 59% de apoio à ação e 41% de críticas, com mais de 1,3 milhão de menções analisadas

Após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o debate nas redes sociais se intensificou. De acordo com levantamento da Quaest, 59% das publicações manifestaram apoio à ação, enquanto 41% criticaram a decisão e defenderam Bolsonaro.
A operação, autorizada na sexta-feira (18/07), incluiu mandados de busca e apreensão, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana para o ex-presidente. As medidas foram justificadas pelo risco de fuga de Bolsonaro, que é réu por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado.
O monitoramento da Quaest analisou mais de 1,3 milhão de menções nas principais redes sociais e veículos de imprensa até às 17h da própria sexta-feira. Segundo o instituto, o pico de engajamento foi registrado por volta das 10h, quando as postagens ultrapassaram a marca de 150 mil em uma hora.
Entre os apoiadores de Bolsonaro, os termos mais recorrentes nas mensagens foram "censura" e "ditadura", presentes em 10% das publicações. Em grupos públicos alinhados à direita, predominavam críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, representando 32 mil a cada 100 mil mensagens. Também se destacaram comentários sobre o monitoramento eletrônico (12 mil) e ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (4 mil).
Durante o cumprimento da operação, foram apreendidos um celular, um pen drive e cerca de US$ 14 mil na casa de Bolsonaro. Em declaração à imprensa, ele negou ter planos de deixar o Brasil e classificou as medidas como uma "suprema humilhação".
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