Seja bem-vindo
São Jerônimo, RS,18/07/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Nova acusação contra Bolsonaro envolve crime de ‘atentado à soberania’ previsto em lei sancionada por ele mesmo

Medida foi usada pelo ministro Alexandre de Moraes para justificar tornozeleira eletrônica; ex-presidente é acusado de atuar com aliados de Trump contra o Brasil

Reprodução / Redes Sociais
Nova acusação contra Bolsonaro envolve crime de ‘atentado à soberania’ previsto em lei sancionada por ele mesmo Segundo as investigações, Bolsonaro teria articulado com aliados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Washington impusesse sanções ao Brasil e interferisse em investigações do Judiciário brasileiro
Publicidade

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu o crime de atentado à soberania entre os motivos que justificam a imposição de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A acusação é inédita e tem base na lei 14.197/21, sancionada pelo próprio Bolsonaro em 2021, durante seu mandato.

Publicidade

De acordo com o artigo 359-I do Código Penal, com a nova redação da lei, comete atentado à soberania quem “negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de guerra contra o País ou invadi-lo”. A pena prevista é de três a oito anos de prisão.

Segundo as investigações, Bolsonaro teria articulado com aliados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que Washington impusesse sanções ao Brasil e interferisse em investigações do Judiciário brasileiro. Um dos principais interlocutores dessas articulações seria o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente reside nos EUA.

Nos últimos dias, Trump mencionou o processo de Bolsonaro como justificativa para tarifas de 50% contra o Brasil. Moraes considerou que a carta enviada por Trump ao presidente Lula contém ameaças explícitas ao Judiciário brasileiro, o que agrava a situação.

A mesma lei sancionada por Bolsonaro revogou a antiga Lei de Segurança Nacional e criou novos tipos penais contra o Estado Democrático de Direito, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado — ambos já utilizados nas denúncias contra os acusados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

“Um país soberano como o Brasil sempre saberá defender sua democracia e soberania, e o Poder Judiciário não permitirá qualquer tentativa de submeter o Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado”, escreveu Moraes.

Além do atentado à soberania, Moraes também citou os crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de organização criminosa na decisão que embasou a nova operação contra o ex-presidente.

Bolsonaro nega as acusações, assim como os demais investigados do núcleo central da suposta trama golpista, cujos crimes incluem também associação criminosa armada, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento dessas denúncias no STF está previsto para setembro.


Publicidade



COMENTÁRIOS

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.