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São Jerônimo, RS,18/07/2025

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Inundações em Arroio dos Ratos reacendem debate sobre mineração e impactos urbanos

Parte da população atribui o agravamento das cheias às operações da mineradora Copelmi instalada nas proximidades da cidade

Reprodução
Inundações em Arroio dos Ratos reacendem debate sobre mineração e impactos urbanos A empresa atua ao lado de bairros residenciais desde 2012, e moradores afirmam que áreas antes livres de enchentes passaram a ser atingidas após a instalação de estruturas de mineração
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As inundações que atingiram Arroio dos Ratos nos últimos anos voltaram ao centro das discussões após um novo alagamento atingir a área urbana do município em junho de 2025. Parte da população atribui o agravamento das cheias às operações da mineradora Copelmi instalada nas proximidades da cidade. A questão é alvo de uma ação civil pública aberta pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que segue em andamento. As informações são da Zero Hora.

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A empresa atua ao lado de bairros residenciais desde 2012, e moradores afirmam que áreas antes livres de enchentes passaram a ser atingidas após a instalação de estruturas de mineração. Eles alegam que diques construídos no entorno da mina estariam represando a água de arroios e sangas, contribuindo para o alagamento da cidade. A mineradora nega irregularidades e alega que as cheias são causadas pelas chuvas intensas registradas na região nos últimos dois anos, fenômeno que afetou diversas cidades do Estado.

Apesar da repercussão, uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores na quinta-feira (17/07) para tratar do tema não contou com representantes do Ministério Público, da Fepam nem da empresa. A prefeitura afirma ter adotado medidas como limpeza e desassoreamento de arroios sob sua responsabilidade e diz esperar uma solução por parte da mineradora.

No processo, um parecer técnico do MP-RS reconhece a necessidade de novos estudos para avaliar as causas das inundações, mas aponta que o volume excessivo de chuvas pode ser o principal fator. Um estudo externo sugeriu que alterações feitas no terreno da mineração, como aterros e diques, podem contribuir para o represamento da água e dificultar o escoamento natural.

A Fepam afirma que as licenças ambientais da empresa estão em dia e que vistorias regulares não identificaram irregularidades até o momento. A Copelmi informou que suspendeu temporariamente suas atividades após o transbordamento do dique de contenção, como já havia ocorrido em 2024. O órgão ambiental, no entanto, não recebeu pedidos formais para alterações no sistema de drenagem da área.

A discussão sobre os impactos da mineração sobre as cheias em Arroio dos Ratos deve continuar, com o MP mantendo a investigação aberta e a comunidade cobrando explicações e ações mais efetivas. Até agora, nenhuma responsabilidade formal foi atribuída.

O que diz a empresa

"As enchentes na cidade de Arroio dos Ratos, provocadas pelo arroio de mesmo nome, são eventos históricos recorrentes. Há registros fotográficos dessas inundações desde 1936. As fotos de 1972, 1984 e das recentes cheias de 2024 e 2025 também estão disponíveis.

O próprio plano municipal de saneamento do município, datado de 2013, reconhece a existência das enchentes sazonais, identificando o bairro e os nomes das ruas que ficam periodicamente inundadas. Por tal razão, não foi surpresa alguma que essas mesmas ruas tenham sido mais uma vez castigadas em 2024 e 2025, quando o Estado Gaúcho foi extremamente castigado em mais de centena de cidades.

O motivo das inundações recentes de 2024 e de 2025 é o mesmo das demais inundações sazonais: chuvas intensas. É a essa mesma conclusão que a ANM, PATRAM, FEPAM e, por 3 ocasiões, o próprio Grupo de Assessoramento do MP/RS (o mais recente foi emitido na sexta-feira passada) não atribuiu responsabilidade a COPELMI pelas cheias na cidade de Arroio dos Ratos em 2024 e 2025.

A mineração ocorre entre o arroio dos Ratos e a cidade desde 2018, porém somente em 2024 e 2025 as cheias ocorreram na cidade. Se a causa fosse a mineração, porque as cheias não aconteceram em 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023? Pelo simples fato de que nesses anos não ocorreram chuvas intensas com essas que assolaram o RS, flagelaram e mataram pessoas em todo o território gaúcho.

Não é novidade que a defesa civil lançou alertas prévios informando que ocorreriam essas cheias, independentemente de qualquer mineração."


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