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São Jerônimo, RS,19/07/2025

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Caso Ronei Jr.: preso último condenado pela morte do adolescente em Charqueadas

Condenado inicialmente a 35 anos e quatro meses de reclusão, ele teve pena reduzida 26 anos de prisão

Polícia Civil / Divulgação
Caso Ronei Jr.: preso último condenado pela morte do adolescente em Charqueadas Peterson Patric Silveira Oliveira foi condenado a 26 anos de reclusão
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Agentes da Delegacia de Polícia de Taquari, após troca de informações com a Delegacia de Polícia de Charqueadas, cumpriram mandado de prisão definitiva de Peterson Patric Silveira Oliveira, condenado a 26 anos de reclusão por envolvimento na morte do adolescente Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, ocorrida em 1º de agosto de 2015, na saída de uma festa, em Charqueadas, na Região Carbonífera. A prisão ocorreu na cidade de Taquari, nesta quinta-feira (10/10).

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Segundo o delegado Marco Schalmes, titular da DP de Charqueadas, Peterson era o último dos oito condenados pela morte de Ronei Jr. que estava em liberdade. A DP de Charqueadas participou dos oito cumprimentos dos mandados de prisão.

Peterson havia sido condenado inicialmente a uma pena total de 35 anos e 4 meses de reclusão. A defesa recorreu e a pena definitiva foi reduzida para 26 anos.

Confissão durante julgamento

Durante o julgamento em Charqueadas, na tarde de 23 de junho de 2022, Peterson Patric Silveira Oliveira, que tinha 26 anos na época do crime, admitiu ter atingido Ronei Jr. com garrafadas na cabeça. Em um interrogatório que durou cerca de 45 minutos, ele descreveu como foram as agressões contra o adolescente. O estudante morreu após ser agredido na saída de uma festa.

O interrogatório de Peterson teve início com os questionamentos do juiz Jonathan Cassou dos Santos. No início, ele admitiu ser o autor das garrafadas que atingiram a vítima. Contou que não chegou a entrar na festa onde estavam Ronei Jr. e os colegas, mas se envolveu na briga em razão de um amigo.

— Quando atravessei a rua, já estava a briga acontecendo. A minha participação foi rápida e, infelizmente, decisiva — relatou.

Segundo Peterson, alguém apontou Ronei Júnior, já dentro do carro do pai, como uma das pessoas que se envolveu na briga com um amigo dele. Ele disse que, como a porta do veículo estava aberta, avançou com uma garrafa:

— Tinha duas ou três brigas ocorrendo ao mesmo tempo. Dei duas ou três garrafadas nele. Vi que a briga estava tomando proporção descomunal. Saí correndo e joguei a garrafa.

— Onde o senhor o golpeou? — questionou o magistrado.

— Na cabeça. Umas duas ou três vezes. Acho que foram três — respondeu o réu.

Nesse momento, Tatiane Faleiro, 46 anos, mãe de Ronei, precisou deixar o local e recebeu atendimento médico do lado de fora.

Neste julgamento, Peterson Patric Silveira Oliveira foi condenado a uma pena total de 35 anos e 4 meses de reclusão, mas a defesa recorreu à instância superior e aguardava em liberdade. Em setembro deste ano, foi condenado definitivamente a 26 anos de prisão.

Situação dos demais réus

Todos os nove acusados foram julgados em quatro júris, realizados nos meses de junho e julho de 2022 e em julho de 2024. Após recursos, a situação é a seguinte:

  • Rafael Trindade de Almeida
    Pena total: 10 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão. Considerando o tempo em que o réu permaneceu em prisão preventiva e domiciliar, o tempo inicial de cumprimento é de 2 anos, 10 meses e 16 dias, em regime aberto. O Ministério Público recorreu dessa decisão.

  • Leonardo Macedo Cunha
    Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).

  • Peterson Patric Silveira
    Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Recorreu a Tribunal Superior e reduziu a pena para 26 anos de reclusão.

  • Vinicios Adonai Carvalho da Silva
    Pena total: 38 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto a corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).

  • Alisson Barbosa Cavalheiro
    Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).

  • Volnei Pereira de Araújo
    Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).

  • Jhonata Paulino da Silva Hammes
    Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).

  • Matheus Simão Alves
    Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).

  • Cristian Silveira Sampaio
    Absolvido após recurso.

  • Adolescentes - Em 2015, quatro adolescentes envolvidos nas agressões foram condenados a cumprir três anos de medida socioeducativa de internação, conforme decisão judicial.

Relembre o Caso

O assassinato do adolescente chocou o estado e teve repercussão nacional devido à violência envolvida. O jovem, seu pai e o casal de amigos foram brutalmente agredidos com socos, chutes e garrafadas por um grupo de mais de 15 pessoas, entre adultos e adolescentes.

O crime ocorreu em 1º de agosto de 2015. As agressões começaram quando o engenheiro Ronei Faleiro foi buscar seu filho e dois amigos na festa. Os agressores atacaram quando eles estavam entrando no carro da família.

De acordo com o Ministério Público, a motivação do crime foi a rivalidade entre o amigo de Ronei, que era de São Jerônimo, e o Bonde da Aba Reta, grupo ao qual os réus pertenciam.

Câmeras de monitoramento capturaram a sequência de violência, ajudando a identificar os envolvidos. Além disso, mensagens de WhatsApp trocadas entre os agressores, nas quais se vangloriavam do ataque, foram usadas como provas nas condenações.

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