Gripe aviária: Ministério investiga novo caso suspeito em Triunfo
Na segunda-feira, o Mapa descartou três suspeitas, entre elas um caso anterior também registrado em Triunfo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está investigando dois novos casos suspeitos de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Um dos focos foi identificado em aves silvestres no município de Derrubadas, no Noroeste do Estado, próximo à divisa com Santa Catarina. O outro envolve galinhas domésticas criadas para subsistência em Triunfo, na Região Carbonifera.
As suspeitas foram inseridas no painel de monitoramento da influenza aviária do Mapa nesta terça-feira (20/05). O sistema atualiza em tempo real os dados sobre a doença em todo o país.
Além dos casos gaúchos, outro foco suspeito foi registrado no Pará. Com isso, o número de ocorrências sob investigação pelo Serviço Veterinário Oficial subiu para sete. Os locais monitorados atualmente são:
- Estância Velha (RS): galinhas domésticas
- Triunfo (RS): galinhas domésticas
- Derrubadas (RS): aves silvestres
- Ipumirim (SC): atividade comercial
- Salitre (CE): galinhas domésticas
- Aguiarnópolis (TO): atividade comercial
- Eldorado do Carajás (PA): galinhas domésticas
Na segunda-feira (19/05), o Mapa descartou três suspeitas, entre elas um caso anterior também registrado em Triunfo.
Embora infecções em aves de subsistência ou silvestres não impliquem automaticamente em barreiras comerciais, elas mantêm o alerta das autoridades pelo risco de disseminação do vírus — principalmente em direção a unidades comerciais de grande escala.
Fiocruz descarta caso suspeito de gripe aviária em trabalhador de granja de Montenegro
Foi descartado, nesta terça-feira (20/5), o caso que era suspeito de influenza aviária em um trabalhador da granja de Montenegro, onde foi identificado foco da doença entre aves. O exame foi realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, laboratório de referência nacional para vírus respiratórios.
O levantamento de pessoas com sintomas gripais entre aquelas que tiveram contato com animais infectados vem sendo realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) desde a última semana, após a confirmação de casos de influenza aviária em aves da granja de Montenegro e no Zoológico de Sapucaia do Sul. O objetivo é identificar sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito, conforme os protocolos estabelecidos para a vigilância da doença.
O exame realizado pela Fiocruz utilizou o método de PCR, que analisa o material genético presente na amostra coletada. Também foram feitas análises para outros vírus respiratórios, como o da gripe (influenza) e da covid-19, todos com resultados não detectáveis.
Desde o início do monitoramento mais intenso, em 2022, o Brasil já investigou 3.953 suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), que demorou quase 20 anos para ser detectada no país, teve até agora 168 focos confirmados: 164 em aves silvestres, três em aves de subsistência e apenas um em aves comerciais.
A primeira ocorrência da doença no Rio Grande do Sul foi registrada em maio de 2023, em aves silvestres da espécie cisne-de-pescoço-preto, na região da Lagoa Mangueira, no extremo sul do Estado. No mesmo mês, o Brasil havia confirmado seu primeiro caso no Espírito Santo, também em aves silvestres.
As autoridades seguem com ações de vigilância e barreiras sanitárias para tentar conter o avanço do vírus, considerado altamente contagioso. O objetivo principal é evitar a entrada da doença nos plantéis comerciais, o que poderia comprometer a cadeia produtiva e afetar as exportações brasileiras.
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