Domingos Velho Lopes é eleito presidente da Farsul e projeta gestão centrada no produtor rural
Nova diretoria assume em janeiro de 2026, tendo Francisco Schardong, de Triunfo, e José Alcindo Ávila, de São Jerônimo, como diretor-administrativo e diretor-financeiro, respectivamente

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) escolheu nesta quinta-feira (2) Domingos Velho Lopes como seu novo presidente, em eleição com chapa única realizada na sede da entidade. O agrônomo de 57 anos assume o mandato em 1º de janeiro de 2026, sucedendo Gedeão Pereira, e conduzirá a entidade durante quatro anos. A Farsul completará 100 anos de história durante seu mandato.
Dos 134 sindicatos aptos a votar, 123 participaram da eleição presencial, registrando 120 votos válidos para a chapa, dois nulos e um em branco. A nova diretoria terá 31 membros, com renovação de 30% dos quadros. O 1º vice-presidente será Elmar Konrad, enquanto Francisco Schardong e José Alcindo Ávila ocuparão os cargos de diretor-administrativo e diretor-financeiro, respectivamente. Manoel Ignácio Vieira Valim e Fábio Avancini Rodrigues assumem como segundos diretores.
Em sua primeira fala como presidente eleito, Domingos Velho Lopes destacou que o objetivo é recolocar o produtor rural no centro das decisões da Farsul e ampliar o diálogo entre o campo e a cidade. Segundo ele, a gestão será técnica, priorizando inovação sem abrir mão de princípios como livre iniciativa e defesa do direito à propriedade.
Gedeão Pereira, que encerra o mandato no final do ano, ressaltou que a sucessão marca o fortalecimento da entidade e passará a integrar a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) como primeiro vice-presidente.
Domingos Velho Lopes é engenheiro agrônomo formado pela UFRGS e atua como produtor rural desde 1992. Ao longo da carreira, acumulou experiência em órgãos de representação do setor, recebeu prêmios de destaque como produtor de arroz e exerceu funções em conselhos estaduais e nacionais de meio ambiente. Em 2022, atuou como Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
O presidente eleito afirmou que a comunicação com a sociedade urbana será prioridade, destacando a importância de mostrar a sustentabilidade e a relevância econômica da agropecuária gaúcha. Entre os desafios da nova gestão estão os efeitos climáticos, como secas e enchentes, e a necessidade de inovação em irrigação, tecnologia e produção de energia e alimentos.
Domingos finalizou reforçando que a união com sindicatos e produtores será o caminho para fortalecer o setor e consolidar o Rio Grande do Sul como protagonista da agropecuária brasileira.
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