Filmes & Séries
Chico Anysio ganha série documental dirigida por Bruno Mazzeo
Produção em cinco episódios retrata a vida e a trajetória do humorista, revelando o homem por trás de mais de 200 personagens

O humorista Chico Anysio, um dos maiores nomes da televisão brasileira, será homenageado com a minissérie documental Chico Anysio: Um Homem à Procura de um Personagem, escrita e dirigida por seu filho, Bruno Mazzeo. A produção terá cinco episódios e vai narrar desde o nascimento do artista em Maranguape (CE), em 1931, até sua morte no Rio de Janeiro, em 2012. A série está disponível na GloboPlay.
Segundo Mazzeo, o objetivo não foi apenas revisitar os 209 personagens criados pelo pai, mas mostrar como Chico chegou a eles.
— Essa figura do Chico Anysio vista por seus personagens eu creio que as pessoas, a partir de uma certa idade, sabem quem é. A série quer mostrar o cara por trás disso. Como ele chegou a esses personagens que todo mundo conhece? Como ele chegou a esses bordões que a gente repete até hoje? — explicou.
O documentário mistura carreira e vida pessoal. Traz depoimentos de nomes como Boni, ex-diretor da TV Globo, que destaca a humanidade presente no humor de Chico. Também aborda sua infância, a consagração na TV, os desafios enfrentados com a chegada de novos formatos como TV Pirata e Casseta & Planeta, além de seus casamentos, a relação conturbada com a emissora após a saída de Boni e a luta contra a depressão — tema que o próprio artista discutia abertamente em congressos de psiquiatria.
Chico foi pioneiro na transição do rádio para a televisão. Com a chegada do videotape, passou a interpretar diversos personagens em sequência, o que impulsionou sua popularidade. O formato que criou, com tipos e bordões fixos, tornou-se marca registrada do humor brasileiro.
Mazzeo avalia que a série completa uma espécie de trilogia em homenagem ao pai: primeiro, a retomada da Escolinha do Professor Raimundo, em que assumiu o papel eternizado por Chico; depois, a peça Gostava Mais dos Pais, criada em parceria com Lucio Mauro Filho; e agora o documentário.
— Foi uma coisa boa para mim — afirma, lembrando que a reflexão sobre essa trajetória também reverberou em suas sessões de análise.
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