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São Jerônimo, RS,12/07/2025

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Protesto de professores termina em tumulto na frente do Piratini

Manifestantes forçaram a entrada no palácio no momento em que dirigentes do Cpers conversavam com o chefe da Casa Civil. Presidente do sindicato e outros professores terminaram feridos

Luiza Castro / Sul21
Protesto de professores termina em tumulto na frente do Piratini Tropa de choque da Brigada Militar isola a entrada do Palácio Piratini após o episódio
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A assembleia do Centro dos Professores do Estado do Rio
Grande (Cpers), realizada na Praça da Matriz nesta terça-feira (26/11),
terminou em tumulto depois que manifestantes derrubaram gradis e tentaram
entrar no Palácio Piratini.


A assembleia começou por volta das 13h30, reunindo milhares de pessoas nos
arredores do Palácio Piratini e da Praça da Matriz — segundo a direção do
sindicato, entre 15 e 20 mil pessoas participaram.


O incidente ocorreu depois de os professores aprovarem a continuidade do
calendário de mobilização da greve iniciada no dia 18 e quando o comando de
greve da categoria aguardava para ser recebido pelo secretário-chefe da Casa
Civil, Otomar Vivian (PP).
 O problema começou
quando o governo se recusou a receber o documento dentro do Piratini, aceitando
a recebê-lo apenas na calçada, pelo chefe da Casa Civil. Neste momento, um
grupo de pessoas que estava atrás do cordão de isolamento que separava o
palácio dos manifestantes aparentemente ficou revoltado com a decisão e forçou
a derrubada dos gradis e a entrada na sede do governo. Rapidamente, policiais
militares que estavam dentro do Piratini utilizaram spray de pimenta e
distribuíram golpes de cassetete para conter o avanço. Entre os agredidos,
estava a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.


Ela subiu no caminhão de som e fez um breve pronunciamento relatando o
episódio, pedindo calma aos educadores e que não dessem “motivos” para a repressão
e para o governo encerrar o diálogo com a categoria. A presidente do Cpers
exibia um galo na cabeça em decorrência do golpe.


- Eu não sei o que aconteceu. Quando eu estava cumprimentando o chefe da Casa
Civil eu vi que começou uma correria. Me empurraram e daí o choque me deu com o
cassetete na cabeça - disse a presidente após o episódio.


Diversos educadores ficaram feridos pelos golpes e pelo gás de pimenta. O
professor Rafael Quadros, de Porto Alegre e membro do comando de greve do
Cpers, exibia dois cortes na cabeça e muito sangramento no rosto.


- A gente estava para ser recebido, para entregar um documento. Nós estamos
aqui em 15 mil pessoas, num ato gigantesco e queríamos ser recebidos de uma
forma digna pelo governo. O chefe de gabinete falou que ia receber o comando na
porta do Piratini, e a gente dialogou que queria ser recebido dentro de uma
forma digna. Nesse momento, a gente tentou entrar e fomos recebidos a pauladas
- disse.


A confusão durou pouco minutos. Depois de a porta ser fechada, um grupo de
manifestantes ainda tentou jogar objetos na direção da porta. Logo em seguida,
um pelotão da tropa de choque da BM que estava nos arredores se posicionou
diante do portão do Piratini e a direção do sindicato, do carro de som, pediu
para que todo mundo se retirasse do local. A situação então se normalizou.


Um ato unificado com outros sindicatos, que estava marcado para as 16h, chegou
a começar, mas foi interrompido por volta das 16h30 quando a chuva começou a
cair sobre o Centro de Porto Alegre.


De acordo com o Cpers, pelo menos dez pessoas foram levadas ao HPS para receber
atendimento, incluindo a presidente e outros dois membros da direção.




GOVERNO REPUDIA TENTATIVA DE INVASÃO




Em nota, o governo do estado repudiou a tentativa de invasão do palácio e
chamou de "agressiva e injustificável" a atitude dos manifestantes.
Leia na íntegra:




O governo do Estado repudia publicamente a lamentável tentativa de invasão do
Palácio Piratini por parte de ativistas nesta terça-feira (26/11). No início da
tarde, de forma democrática, o governo se dispôs a receber, mais uma vez, uma
comissão de representantes do sindicato dos professores que protestavam em
frente ao palácio.


Como mostram as imagens do circuito de segurança do Piratini, um grupo de
manifestantes derrubou os gradis instalados em frente ao palácio e tentou
invadir o local enquanto o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, recepcionava a
comissão acima citada. Da agressiva e injustificável ação dos manifestantes
restaram dois policiais feridos.


O governo reitera a disposição em dialogar a respeito das propostas
encaminhadas à Assembleia, como já vem fazendo desde o início do ano, quando
visitou todas as entidades representativas de servidores. Além disso, o pacote
de projetos foi apresentado individualmente a cada sindicato, antes mesmo do
encaminhamento ao Legislativo.


Atitudes como a verificada na tarde desta terça-feira não ajudam em nada a
resolver os problemas do Estado e colocam em risco a integridade física das
pessoas envolvidas. A reforma em curso não é contra ninguém. Ela é a favor do
futuro de um Estado que convive há décadas com uma crise que assola não apenas
os servidores, mas principalmente os 11 milhões de gaúchos que aqui vivem.




Com informações do Sul21 e Governo do Estado



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