Mina Guaíba, os dois lados de um projeto
Empresa pretende extrair carvão em área na região metropolitana. O impacto ambiental gera debates e controvérsia

instalação da Mina Guaíba, entre Eldorado do Sul e Charqueadas, a cerca de 30
km das ilhas de Porto Alegre, irá gerar empregos e novos investimentos.
Contudo, traz inseguranças relacionadas à questão ambiental. O impacto do
projeto que pretende extrair carvão na região Metropolitana foi discutido
ontem, na Rádio Bandeirantes. Um dos pontos abordados foi o destino dos
rejeitos gerados na extração do minério.
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Responsável pelo empreendimento, a empresa Copelmi Mineração destaca que o
projeto não armazenará os rejeitos em barragens. De acordo com Cristiano Weber,
gerente de sustentabilidade da Copelmi, os rejeitos não irão prejudicar o meio
ambiente.
- As cavas abertas para extrair o carvão irão armazenar os rejeitos. Eles ficam
no fundo da abertura, não saem de lá. Só vão para o rio Jacuí, por exemplo, se
vencerem a lei da gravidade - comentou.
As cavas (escavações) são abertas para que o carvão seja extraído a cem metros
de profundidade. Elas se fecham à medida em que novas cavas são abertas, e
sustentam os rejeitos no fundo. O processo durará de 23 a 30 anos.
A Copelmi mantém seis minas no Rio Grande do Sul. Irani Medeiros, procuradora
jurídica do Consórcio Intermunicipal de Gestão Ampliada da Região Carbonífera,
destacou que mora a 1 km da mina de Butiá, que fica a 79 km de Porto Alegre, e
jamais sentiu problemas relacionados a ela. Assim, defendeu a Mina Guaíba.
- O projeto contempla respostas aos impactos ambientais. Se há carvão, ele
precisa ser explorado o quanto antes - afirmou.
OUTRO LADO
Para ambientalistas, o relatório de impacto ambiental apresentado pela Copelmi
é inconsistente. Francisco Milanez, presidente da Agapan (Associação Gaúcha de
Proteção ao Ambiente Natural), a extração de carvão traz problemas ao meio
ambiente.
- Relacionar um combustível fóssil com sustentabilidade é complicado. O carvão
destruiu a China, as pessoas precisam usar máscaras lá. Existem outras formas
de gerar energia, como as energias eólica e solar - pontuou.
Deputados e vereadores pedem uma audiência pública para tratar do tema. Dentre
eles, está o deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), que entende a
relevância da obra para a região, mas exige atenção.
- Quando se discute um projeto alternativo, é importante que haja garantias
ambientais. Não tenho preconceito em relação à exploração do carvão, mas tenho
cautela em nome do interesse público – disse. mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR">
"Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR">O CARVÃO
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É o segundo combustível fóssil mais utilizado no mundo, somente atrás do
petróleo. Ele pode ser queimado como em antigas usinas termelétricas. No caso
da Mina Guaíba, porém, o carvão seria gaseificado, o que permitiria a conversão
do produto para outros gases, como gás natural e metano.
As informações são do jornal Metro e Rádio Bandeirantes
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