Joel Maraschin integra GT que vai estudar proposta alternativa à securitização
Grupo buscará solução para o endividamento dos agricultores gaúchos em até 120 dias

O butiaense Joel Ernesto Lopes Maraschin, chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Agricultura do Rio Grande do Sul, passou a integrar oficialmente o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI/RS) criado pelo Governo Federal para estudar uma proposta alternativa à securitização das dívidas dos produtores rurais do Estado. A iniciativa foi formalizada por meio do ofício-circular nº 24/2025 do Ministério da Agricultura e Pecuária.
O GT reúne representantes do governo estadual e federal e tem como objetivo, segundo o documento, reunir informações e formular propostas sobre o endividamento rural, especialmente em razão das sucessivas perdas provocadas por eventos climáticos extremos.
Nas redes sociais, Maraschin destacou a importância da tarefa e afirmou que os trabalhos do grupo serão conduzidos com responsabilidade e embasamento técnico. A expectativa é de que, no prazo de até 120 dias, o grupo entregue uma alternativa microeconômica viável junto ao Tesouro Nacional e ao Ministério da Fazenda.
“Com muita responsabilidade sobre o tema e muito estudo, inicio esta semana os trabalhos ao lado do secretário de agricultura Edivilson Brum, no GT do Governo Federal que vai criar uma proposta microeconômica alternativa à securitização das dívidas dos agricultores gaúchos. A ideia é em até 120 dias apresentarmos uma solução junto ao Tesouro e o Ministério da Fazenda”, escreveu Maraschin nas redes sociais.
O tema da securitização das dívidas rurais tem mobilizado o setor agropecuário no Rio Grande do Sul. O Projeto de Lei 320/2025, que trata do assunto, já foi aprovado na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e agora segue para a Comissão de Assuntos Econômicos. Paralelamente, produtores rurais seguem promovendo protestos e bloqueios de estradas em diferentes pontos do Estado.
A securitização consiste na transformação das dívidas em títulos negociáveis no mercado, permitindo a renegociação com prazos maiores e redução de encargos. No entanto, parte do setor produtivo teme os efeitos de longo prazo da medida e defende alternativas mais sustentáveis para a recuperação econômica das propriedades afetadas.
Além da securitização, produtores têm pleiteado a prorrogação de dívidas com carência e juros reduzidos, além de apoio financeiro para irrigação e desburocratização de processos como o licenciamento ambiental. O GT formado busca, justamente, propor uma resposta mais abrangente e técnica a essas demandas urgentes do campo.
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