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São Jerônimo, RS,15/05/2025

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Líder de facção envolvido em série de homicídios tentou forjar a própria morte, diz polícia

Preso na Pasc, suposta fraude veio à tona durante a Operação Dupla Face, deflagrada em Porto Alegre, Alvorada e Arroio dos Ratos

Polícia Civil / Divulgação
Líder de facção envolvido em série de homicídios tentou forjar a própria morte, diz polícia A investigação começou em agosto de 2024, quando uma mulher procurou a polícia denunciando um golpe aplicado por uma auxiliar de enfermagem
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A Polícia Civil investiga uma tentativa de fraude documental envolvendo o detento Maicon Donizete Pires dos Santos, 33 anos, conhecido como Red Nose, apontado como líder de uma facção criminosa ligada a homicídios e tráfico de drogas na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele está atualmente preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

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A suposta tentativa de forjar a própria morte veio à tona durante a Operação Dupla Face, deflagrada nesta segunda-feira (14/04). Policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Alvorada e Arroio dos Ratos.

De acordo com a investigação, em abril do ano passado, enquanto Red Nose estava detido no Complexo Prisional de Canoas, foi descoberta uma ficha de investigação de óbito hospitalar falsa, com seus dados, indicando "falência múltipla de órgãos" como causa da morte em um hospital de Porto Alegre.

O documento, com carimbo da Secretaria Municipal de Saúde da Capital e assinatura falsificada de uma médica de São Leopoldo, foi localizado na casa de uma auxiliar de enfermagem investigada por estelionato. A profissional já responde a outro processo por aplicar golpes em familiares de pacientes hospitalizados.

— A ficha permitiria o registro da certidão de óbito desse indivíduo. A data do falso óbito coincidia com uma audiência em que ele poderia ser solto. Com a suposta morte, a punibilidade seria extinta — explicou a delegada Luciane Bertoletti, da 3ª DP de Canoas.

A polícia apura como a auxiliar teve acesso aos formulários e carimbos oficiais. Red Nose ainda será ouvido para esclarecer seu envolvimento direto na fraude.

Golpe em hospital revelou documento falso

A investigação começou em agosto de 2024, quando uma mulher procurou a polícia denunciando um golpe aplicado por uma auxiliar de enfermagem no hospital onde sua mãe estava internada, em Canoas. A profissional teria conquistado a confiança da vítima, acessado seu cartão bancário e realizado transferências que somam R$ 60 mil.

Na residência da investigada, foram encontrados receituários médicos, carimbos de profissionais da saúde e outros documentos de instituições da Região Metropolitana. A polícia suspeita que o material era comercializado ilegalmente, com atestados e requisições sendo vendidos para terceiros.

Trajetória de Red Nose no crime organizado

Preso em fevereiro de 2024, em Santa Catarina, após mais de seis meses foragido, Red Nose era considerado um dos principais responsáveis por uma série de homicídios ligados ao tráfico de drogas na zona norte de Porto Alegre, especialmente nos bairros Mario Quintana, Costa e Silva e na região do Timbaúva.

Inicialmente envolvido com lavagem de dinheiro, Red assumiu a liderança da facção após a transferência do então chefe, José Dalvani Nunes Rodrigues (Minhoca), para uma penitenciária federal. Ele também teria articulado a criação de um novo grupo criminoso, ao se apropriar de recursos da facção anterior, e passou a cooptar criminosos no RS, SC e PR.

A disputa entre os dois grupos desencadeou uma onda de assassinatos entre agosto e setembro de 2023. Segundo a polícia, ao menos sete homicídios têm ligação direta com o conflito, incluindo os da estudante Sarah Silva Domingues e do comerciante Valdir dos Santos Pereira, ocorridos na Ilha das Flores, em janeiro de 2024.

Red Nose responde por pelo menos 12 homicídios, além de acusações por tráfico e organização criminosa. A tentativa de forjar sua morte teria sido uma estratégia para encerrar os processos e desaparecer dos registros da Justiça.


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