Servidores públicos realizam hoje segundo ato unificado contra pacote do Governo Leite
Diversas categorias prometem se somar ao magistério e lotar a Praça da Matriz a partir das 16h

(26/11) nova mobilização conjunta contra os governos municipal, federal e,
especialmente, estadual. Diversas categorias prometem se somar ao magistério e
lotar a Praça da Matriz a partir das 16h. Os professores, em greve desde o dia
14 de novembro, realizam assembleia mais cedo, às 13h30, também na Praça da Matriz.
GREVE DO MAGISTÉRIO
Em reunião do Conselho Geral na noite desta segunda-feira
(25), os representantes dos 42 núcleos do CPERS fizeram um balanço da primeira
semana de greve da educação e encaminharam os preparativos para a Assembleia
Geral desta terça.
No início do encontro, a assessoria jurídica do Sindicato, representada pelo
advogado Marcelo Fagundes, confirmou que ajuizou à tarde um mandado de
segurança com pedido liminar contra o corte de ponto anunciado pelo governador
Eduardo Leite.
Os representantes dos núcleos avaliam que a adesão à greve é a maior dos
últimos tempos, com participação de mais de 80% de professores(as) e
funcionários(as).
- O governo de forma irresponsável diz que a nossa greve não tem justificativa.
Se a vida estivesse fácil essa greve não teria a proporção que tem. Essa é uma
greve diferenciada, estamos contando como nunca estivemos com o apoio da
sociedade gaúcha. Já estamos em 80% de adesão. Em cidades que anteriormente
tínhamos dificuldade, estamos com 100% de paralisação. E o governador acha que
vamos nos calar. Ele quer tirar salário de quem já não tem - afirmou a
presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Para a Assembleia Geral do CPERS, são esperadas mais de 10 mil pessoas, reflexo
da mobilização para a greve. Somente do interior, os núcleos estão prevendo a
chegada de mais de 8 mil pessoas à capital para lutar por salários dignos e em
dia e para barrar o pacote de Eduardo Leite.
Outros servidores estaduais realizam assembleia pela manhã para deliberar sobre
as medidas a serem adotadas contra o governo de Eduardo Leite (PSDB). O
Sintergs, sindicato que representa servidores de nível superior, já anuncia
paralisação a partir desta terça (26), conforme definido em assembleia no dia
14. Sindicaixa, Sindsepe-RS, Afagro, Seasop e Assagra também estarão na
assembleia no Hotel Everest, no centro da Capital.
REIVINDICAÇÕES
Além dos atrasos e parcelamento de salários, os servidores se mobilizam contra
a falta de reposição salarial que já se alonga por cinco anos e contra o pacote
de medidas encaminhado por Eduardo Leite à Assembleia Legislativa, que trata da
reestruturação da Previdência e das carreiras do funcionalismo público. São
oito projetos, sendo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um Projeto de
Lei (PL) e seis projetos de lei complementar (PLC). Todos os projetos foram
protocolados em regime de urgência, exceto a PEC, que tem tramitação
diferenciada e exige votação em dois turnos. O regime de urgência exige a
tramitação e votação em plenário em prazo de 30 dias após a realização do
protocolo. Como as sessões plenárias ocorrem apenas nas terças, quartas e
quintas-feiras, a data prevista para votação destas matérias seria a partir de
17 de dezembro. Já a PEC tem prazo mínimo de 45 dias para votação, e deve ser
apreciada apenas no início de 2020.
QUEM INTEGRA A FRENTE
ADUFRGS, AFAGRO, AFOCEFE-Sindicato, ANDES-SN, ANDES/UFRGS ASSAGRA, ASSUFRGS,
ASSERLEGIS, CEAPE-Sindicato, CPERS, CUT/RS, CGTB, CTB/RS, FETRAFI,
INTERSINDICAL, PÚBLICA, SEASOP, SEMAPI, SENERGISUL, SIMPA, SIMPE-RS, SINASEFE,
SINDIÁGUA, SINDICAIXA, SINDISPGE/RS, SINDJUS/RS, SINDPERS, SINDSEPE/RS,
SINDISERF/RS SINPRO/RS, SINTERGS, SINTRAJUFE-RS e UGEIRM.
MOÇÃO DE APOIO
Até esta terça-feira (26), câmaras municipais de 217 cidades gaúchas já
debateram e aprovaram moções de apoio aos educadores ou de repúdio às
alterações no Plano de Carreira do Magistério, no Estatuto dos Servidores(as) e
na Previdência do Estado.
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