Gerdau propõe suspensão de contrato de funcionários em Charqueadas
Até 100 empregados seriam incluídos no regime de lay-off por até cinco meses

Por falta de demanda para a produção, a unidade da Gerdau de
Charqueadas propôs a suspensão de contratos de trabalho (lay-off) por cinco
meses. A medida atingiria até 100 trabalhadores dos 700 da empresa no município,
a partir do mês de novembro.
Segundo o presidente do Sindicado dos Metalúrgicos, Jorge Luiz Silveira de
Carvalho (Luizão), no período do lay-off os trabalhadores passarão a receber
pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e perderão a participação nos lucros
(PLL), o 13º salário, Fundo de Garantia e o período de contribuição ao INSS.
Além disso, a empresa poderia demitir até 50% dos empregados incluídos no
lay-off após o término do regime.
A proposta da empresa foi apresentada ao Sindicato, que rejeitou o pedido em
assembleia realizada na noite de ontem (16/10). O Sindicato quer a manutenção
dos direitos trabalhistas e a garantia do emprego dos trabalhadores incluídos
no lay-off e a estabilidade dos demais. As sugestões foram enviadas a empresa.
Segundo Luizão, o Sindicato aguarda uma nova proposta da Gerdau para convocar a
assembleia para deliberação, mas a empresa estaria irredutível.
- Pela situação que está posta, não haverá lay-off, porque é necessária
autorização da assembleia e do Sindicato. Eles não podem, arbitrariamente,
implantar o lay-off e eu não vou chamar uma assembleia para discutir a mesma
posta – disse Luizão.
De acordo com nota divulgada pelo grupo, “esse programa busca preservar
os empregos existentes. Essa decisão se deveu aos planos da indústria
automobilística no Brasil, principal consumidor de aços especiais, de conceder
férias coletivas e buscar a redução de seus estoques, principalmente em razão
da crise econômica argentina. O atendimento aos clientes se manterá inalterado”.
ENTENDA
O termo lay-off, derivado da língua inglesa, é uma situação de suspensão
temporária do contrato de trabalho, seja por falta de recursos financeiros
(pagamento de salários), seja por falta de trabalho ou atividade que ocupe toda
a mão de obra da empresa.
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