Extração de areia no Rio Jacuí possui novo sistema importado de rastreamento de dragas
O sistema IDP, trazido ao Brasil por associados do Sindibritas, permite ainda mais precisão e segurança no controle operacional das mineradoras no Rio Grande do Sul

É constante a busca por novas tecnologias que garantam mais precisão na
atividade de mineração de areia. O objetivo é somar segurança ao meio ambiente
e permanecer vigilante e adepto ao que há de mais moderno em monitoramento e
rastreamento de dragas. Por isso, grande parte das mineradoras de areia que
atuam no Rio Jacuí já contam com um novo sistema de rastreadores com alta
capacidade de processamento e precisão, conhecido como IDP. Apesar de não ser
uma exigência das licenças operacionais, o novo sistema traz mais segurança e
precisão para a mineração em recursos hídricos. Por isso, o atual sistema que
até o momento era o mais avançado, foi substituído.
- Desta forma o que já era bom vai ficar ainda melhor. Mesmo que as mineradoras
já contassem com um excelente sistema de monitoramento, a intenção é mostrar
para a sociedade e para os órgãos reguladores que o setor está proativo e
atento ao que há de melhor no mundo para a garantia da mineração sustentável -
assegura o diretor da Associação Gaúcha de Produtores de Brita, Areia e Saibro
(AGABRITAS) - Sandro Almeida.
A tecnologia IDP foi trazida dos Estados Unidos. O custo em dólar é bem maior,
mas o preço é visto como um investimento pelas entidades representativas do
setor. Além de contar com o apoio da Agabritas, o Sindicato da Indústria da
Mineração de Brita, Areia e Saibro de Estado do RS (Sindibritas-RS) e o
Sindicato dos Depósitos, Distribuidores e Comerciantes de Areia no Estado do RS
(Sindareia-RS) também apoiam a iniciativa.
- Trata-se de um exemplo ímpar. Em um Brasil envolvido por uma histórica crise
financeira, os mineradores investem em melhorias importadas em meio ao câmbio
mais volátil dos últimos anos, a fim de garantir ainda mais segurança e
efetividade para a mineração de areia no Rio Jacuí. Isso tudo, sem nenhuma
exigência de órgãos reguladores, o que só deixa claro que a nossa intenção é
sempre trabalhar da melhor maneira possível – analisa o presidente do
Sindibritas, Pedro Reginato.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam) não
exige o sistema IDP para a execução do serviço de extração de areia no estado.
A implantação desta tecnologia é uma iniciativa própria das empresas de
mineração que realizam o trabalho no Rio Jacuí.
- A ideia é fazer ainda mais e melhor, para trazer ainda mais segurança e
transparência para o trabalho do setor e para a sociedade - afirma o presidente
do Sindareia-RS, Laércio Thadeu da Silva.
O novo IDP está em pleno funcionamento. Entre as principais características do
equipamento, vale destacar a precisão maior de corte das bombas de dragagem ao
se aproximarem da margem, com o erro de apenas 2,5 metros.
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