Economia brasileira cresce 2,9% em 2023
Alta do PIB foi puxada por recorde de 15,1% do setor agropecuário

Agência Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 2,9% em 2023, com um valor total de R$ 10,9 trilhões. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1°) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta do PIB no ano foi puxada por uma alta recorde de 15,1% do setor agropecuário, o maior avanço desde o início da série histórica da pesquisa, em 1995. Também apresentaram aumentos os setores da indústria (1,6%) e dos serviços (2,4%).
— A agropecuária cresceu 15,1% no ano passado, puxada muito pelos crescimentos nas produções de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil. A indústria extrativa mineral, com a extração de petróleo e minério de ferro, cresceu bastante também — explicou a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis.
Segundo Rebeca, a agropecuária e a indústria extrativa responderam por metade do crescimento do PIB.
— Vale ressaltar também duas outras atividades importantes na economia: a parte de eletricidade, água, gás e esgoto e a parte de intermediação financeira.
Sob a ótica da demanda, o crescimento foi puxado pelo consumo das famílias (3,1%), consumo do governo (1,7%) e exportações (9,1%). A queda de 1,2% das importações também contribuiu para o resultado. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, por outro lado, caiu 3% no ano.
Na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano, o PIB manteve-se estável. Já na comparação do quarto trimestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,1%.
Haddad afirma que “PIB veio acima do que esperávamos”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, celebrou nesta sexta-feira (1º) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
— O PIB veio bem acima do que esperávamos. Esperávamos superior a 2% no começo do ano passado e quase chegamos a 3% de crescimento. Fechar em 2,9% é bastante positivo para o Brasil - disse ele a jornalistas, em São Paulo.
— No ano passado, não foi o investimento que puxou o crescimento. Foi o setor agrícola, o consumo das famílias, o consumo do governo e as exportações. Mas o investimento foi a variável que menos acompanhou essa evolução. E agora nós queremos criar um ambiente necessário para que o empresário invista, porque é esse investimento que melhora as condições da economia — argumentou o ministro.
Segundo Haddad, a expectativa do governo é que, em 2024, o crescimento fique em 2,2%.
— Estamos sendo comedidos nas nossas projeções. Se a inflação continuar comportada, a política monetária for se ajustando e, com mais o esforço que [o Ministério] da Fazenda tem feito com o Congresso, eu acredito que, a partir do segundo ou terceiro trimestre deste ano, as coisas comecem a melhorar bem. E de maneira estrutural — especificou.
Na entrevista, o ministro disse ainda que o governo projeta que a indústria também possa crescer este ano.
— Projetamos uma melhora da indústria para este ano. Há sinais consistentes de que haverá melhora e penso que também puxado pelo investimento. Acredito que vamos ter um bom ano para indústria. E acredito muito na construção civil, que tem tudo para deslanchar este ano — afirmou.
É proibida a reprodução deste conteúdo em qualquer meio. Compartilhe o link.
> Clique aqui e receba notícias pelos Avisos do WHATSAPP
> Clique aqui e siga o Canal no WHATSAPP
> Clique aqui e receba notícias pelo TELEGRAM
> Cliquei aqui e siga nossa página no FACEBOOK
> Clique aqui e siga nossa página no INSTAGRAM
> Clique aqui e siga nossa página no THREADS
COMENTÁRIOS