João Adolfo Guerreiro
JOÃO ADOLFO GUERREIRO | Meia hora
Dá pra fazer um filho, quanto mais uma crônica

João Adolfo Guerreiro
Meia hora. Trinta minutos. Tempo suficiente pra se escrever uma crônica. Dá pra fazer um filho até em menos de meia hora, quanto mais uma crônica.
Dá pra se dizer, fazer ou escrever muita coisa em meia hora, é tempo mais do que suficiente. Quando, obviamente, se tem o que dizer, fazer ou escrever, daí é barbada, barbadíssima. Por exemplo: em 29 minutos já estava 5x0 pra Alemanha naquela semifinal em 2014 contra o Brasil, lembram? Tá, ninguém quer lembrar, mas isso prova que, quando se sabe, em meia hora já se liquidada uma semi em Copa do Mundo, mesmo jogando contra o dono da casa. Exemplo triste, mas incontestável e insofismável.
Em meia hora dá pra almoçar em restaurante sem ter de comer apressado. Em meia hora já dá pra fazer uma corridinha pra manter a boa forma, como dizia o Kenneth Cooper - que, aliás, ainda tá vivo e fez 94 anos em março. Em meia hora escrevo uma crônica aqui pro Portal. Gosto de o fazer em uma, uma e meia, mas em meia hora, já tendo o tema desenvolvido na cabeça, já dá e sobra pra passar um cafezinho junto, até. É só ir fazendo as duas coisas ao mesmo tempo: 2min45seg com a água no micro é o que mais demora e, enquanto ela esquenta, coloco o pó no saco e venho pro micro. Depois, vou escrevendo e passando, até começar a beber e continuar escrevendo. Não mistério ou dificuldade.
O que xaropeia mais é achar a imagem. Agora tudo pode dar processo de cobrança por direitos autorais e acho chato ficar procurando na internet, às vezes é melhor tu mesmo criar a imagem pra agilizar e não se incomodar, via foto. Fora isso, como escrevi acima, meia hora é barbada pra se fazer uma crônica. Como essa. O relógio acima é o da minha casa, o fiz pra provar que dá. O Marcos estabeleceu 17 horas pro envio da crônica diária, então comecei no momento em que vocês estão vendo. 16h59 minutos enviei pra ele.
Meia hora é um latifúndio de segundos, quando se tem o que dizer.
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