Ministério de Minas e Energia quer apoio do BNDES para térmicas a carvão
Secretário defendeu que usinas da fonte fóssil são importantes para o Sul porque podem ser construídas perto de áreas que concentram consumo de energia na região

implementação de térmicas a carvão na região Sul, o que envolverá negociações
para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
financie os empreendimentos, disse o secretário de Planejamento da pasta, Reive
Barros.
O secretário defendeu que as térmicas da fonte fóssil são importantes para o
Sul porque podem ser construídas perto de áreas que concentram consumo de
energia na região, além de terem reservas próximas.
- Nós deveremos no final de 2019, através do ministro Bento Albuquerque,
apresentar um programa específico de viabilização de termelétricas a carvão no
Rio Grande do Sul e Santa Catarina - disse ele a jornalistas, após participar
do leilão de energia A-6 em São Paulo.
O secretário disse que para serem viáveis esses projetos precisam buscar maior
eficiência e modernização, de forma a se tornarem mais competitivos e reduzir
emissões de carbono, o que não tem sido possível até devido à dificuldade de
investidores para financiar os projetos.
- Elas não estão encontrando alternativas de financiamento nem a nível nacional
e nem a nível internacional. A ideia é que haja uma discussão entre o
Ministério de Energia e o Ministério da Economia para encontrar alternativas,
de tal sorte que o BNDES venha a voltar a financiar essas usinas - afirmou
Barros.
Os leilões de energia do governo brasileiro para novas usinas não contratam
novos empreendimentos a carvão desde 2014, quando a francesa Engie venceu com
sua térmica Pampa Sul, que iniciou operação neste ano.
Mais recentemente, a Engie colocou o ativo e outro complexo térmico a carvão em
Santa Catarina à venda, em meio a uma estratégia global do grupo francês de
investir apenas em renováveis e gás natural, visto como um combustível “de
transição” rumo a uma matriz global mais limpa.
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