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São Jerônimo, RS,13/07/2025

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Queda na cobertura vacinal preocupa Ministério da Saúde

BCG é única vacina a atingir meta de imunização desde 2017

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Queda na cobertura vacinal preocupa Ministério da Saúde Foram consideradas as metas de 16 vacinas do esquema básico
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Dados apresentados nesta
quinta-feira (5) pelo Ministério da Saúde mostram que a BCG foi a única vacina
a alcançar a cobertura vacinal pretendida nos anos de 2017 e 2018. O
levantamento foi feito com informações acessadas na base do DataSus em 15 de
julho deste ano e foi apresentado na Jornada Nacional de Imunizações, em
Fortaleza. Foram consideradas as metas de 16 vacinas do esquema básico e de
reforço indicadas para crianças de até um ano, de um ano e gestantes. Para as
imunizações BCG e Rotavírus, a meta era vacinar mais de 90% do público alvo, e,
para as demais, superar os 95%.


A BCG, que previne a tuberculose, teve cobertura de 96,41% em 2017 e de 96,09%
em 2018. Já a hepatite B, que também deve ser tomada ao nascer, atingiu 84,7%
em 2017 e 85,7% em 2018. Meningococo C, pentavalente e pneumocócica foram
outras que ficaram perto dos 85% em 2018.


Um dos casos que mais chama atenção é da vacina de poliomielite, também
conhecida como paralisia infantil, que atingiu 100% de imunização em 2013 e
caiu para menos de 90% desde 2016, obtendo coberturas de 84,43% (2016), 83,82%
(2017) e 88,6% (2018). A pólio já foi erradicada do país, mas ainda há casos
registrados em localidades da Ásia Central.


Apesar de ter se elevado nos últimos anos, a cobertura da vacina dTpa para
gestantes atingiu apenas 62,81% em 2018, enquanto a meta é chegar a 95%. A
vacina previne contra difteria, tétano e coqueluche.


Para enfrentar a queda das coberturas vacinais, o Ministério da Saúde tem
atuado com o Movimento Vacina Brasil, que inclui ações como incentivo para que
os municípios estendam o horário de funcionamento das unidades básicas de saúde
e reforcem a vacinação nas fronteiras. Entre os dias 16 e 27 de setembro, o
ministério fará uma ação para vacinação contra o sarampo e a febre amarela
nessas áreas.


Outra frente da pasta é a promoção de pesquisas para entender as causas da
redução das coberturas de vacinação e a percepção social da imunização. A
coordenadora geral substituta do Programa Nacional de Imunizações, Francieli
Fantinato, representou o Ministério da Saúde na Jornada e defendeu ainda o
engajamento dos profissionais de saúde no tema, para que não se perca
oportunidades de vacinar também adolescentes e adultos.


- É de extrema importância que os profissionais tenham consciência, que em
qualquer momento que o adolescente ou adulto estejam na unidade de saúde, seja
avaliada a carteira de vacinação para que não seja perdida a oportunidade de
vacinar - disse.


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FEBRE AMARELA
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Outra doença que está
com cobertura vacinal abaixo da meta de 95% é a febre amarela. Segundo os dados
apresentados pelo Programa Nacional de Imunizações, apenas 64% do público-alvo
foi imunizado. O governo federal trabalha agora para intensificar a vacinação
nos três estados da Região Sul, onde foram mapeadas áreas que requerem
vacinação imediata, áreas de risco mais elevado e outras de risco mais
moderado.


No Brasil, apenas Distrito Federal, Goiás e Roraima atingiram a meta de vacinar
95% do público-alvo. Santa Catarina tem uma das menores taxas de vacinação, com
menos de 40%. 


A vacina de febre amarela é indicada para pessoas que vivam ou vão viajar para
áreas que tiveram vacinação recomendada. No entanto, há restrições e
contraindicações, que podem ser consultadas no
site
do Ministério da Saúde.


Atualmente, a vacinação é recomendada na totalidade ou em partes de 19 estados:
Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais,
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 


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SARAMPO



A tríplice viral, que
previne caxumba, rubéola e sarampo, também está com a cobertura vacinal em
queda. Em 2016, somente a primeira dose atingiu 95,4%, enquanto a segunda ficou
em 76,71%. Em 2017, tais coberturas caíram para 90,52% e 75,29% e, em 2018,
chegaram a 90,84% e 75,63%.


Especialistas que participam da Jornada Nacional de Imunizações atribuem os
surtos de sarampo registrados no ano passado na Região Norte e neste ano em São
Paulo à queda nas coberturas vacinais.




mso-fareast-font-family:"Times New Roman"">OPAS



Com casos de
sarampo voltando a ser registrados em países de diferentes continentes, o
diretor do Fundo Rotatório da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), John
Fitzsimmons, defendeu na Jornada Nacional de Imunizações que haja uma
colaboração internacional para que a demanda pela vacina contra a doença seja
atendida.


Em entrevista a jornalistas, Fitzsimmons disse que haverá um encontro na semana
que vem em Washington, nos Estados Unidos, que reunirá atores internacionais
como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial
de Saúde, para discutir a situação do sarampo.


- Todos estarão lá, todas as outras regiões da OMS estarão representadas, assim
como Unicef, CDC e outros. É outra oportunidade para solucionar problemas -
avalia.


Assim como São Paulo, onde mais de 2 mil casos já foram registrados, os Estados
Unidos enfrentam um surto de sarampo que já dura um ano no estado de Nova York.
Segundo a OPAS, o surto se espalhou em comunidades religiosas e ainda há o
receio de que casos em crianças estejam sendo encobertos pelas famílias.


O diretor do Fundo Rotatório, que auxilia países da América Latina e do Caribe
na compra de vacinas, disse que neste momento trabalha para atender a um pedido
do Brasil de mais doses de vacina contra o sarampo.


- Estamos em parceria com outras organizações como a Unicef e o CDC [Centro de
Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos], e estamos trabalhando com
eles para liberar doses para o Brasil - disse ele, que acrescentou que é
preciso fazer um trabalho de gerenciamento das encomendas que já haviam sido
feitas aos fornecedores.




Agência Brasil



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