RGE reajusta tarifas de energia elétrica
Novo índice começa a ser aplicado no próximo dia 19

Apesar de terem unificado as operações em janeiro deste ano, RGE e RGE Sul, que
hoje atuam como uma empresa só, com o nome da primeira, mas com o CNPJ da
segunda, ainda terão efeitos diferentes nos seus reajustes de tarifas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um aumento de efeito
médio de 1,72% para os clientes que estavam sobre o guarda-chuva da RGE Sul
(antiga AES Sul, que atende a cerca de 1,3 milhão de clientes em 118 municípios
do Centro-Oeste gaúcho) e de 8,63% para os consumidores que estão na área
original da RGE (que atinge em torno de 1,4 milhão de unidades consumidoras em
255 municípios nas regiões Norte e Nordeste do Estado).
O reajuste começa a valer a partir do dia 19 de junho. Para os consumidores
residenciais da área da RGE Sul, o incremento na conta de luz será de 3,61% e
para os da RGE será de 6,19%. Já os clientes em alta tensão (indústrias) da RGE
Sul terão uma redução média de 0,58% nas tarifas enquanto os da RGE, uma
elevação de 11,32%. Quem está ligado na baixa tensão em geral (além dos
residenciais, usuários do meio rural ou pequenos comércios) na RGE Sul terá um
acréscimo de 2,94% e na RGE de 7,04%.
Segundo a assessoria de imprensa da Aneel, a adoção de percentuais distintos
deve-se ao fato de que as empresas se encontravam com patamares de tarifas
distintos. No entanto, para o próximo ano, o percentual de reajuste deverá ser
único para todos os municípios atendidos pela RGE.
Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a
agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O
índice de reajuste da RGE foi positivo, principalmente, pelos impactos dos
custos com aquisição de energia e dos componentes financeiros que tratam da
compensação dos valores de compra de energia do último processo tarifário. No
ano passado, a revisão tarifária da RGE significou um aumento médio de 20,58%
nas tarifas de seus consumidores. Para a RGE Sul, a revisão tarifária de 2018
resultou em um efeito médio de 22,47%.
A revisão reposiciona as tarifas cobradas dos consumidores após analisar os
custos e os investimentos para a prestação dos serviços de distribuição de
energia elétrica, em intervalo médio de quatro anos. Já o reajuste é uma
avaliação tarifária mais simples, que acontece anualmente, com exceção de
quando ocorre a revisão. Tradicionalmente, os reajustes e as revisões da RGE
Sul eram feitos em abril, mas com a unificação foi adotada a data de 19 de
junho para a correção das tarifas, que era usada pela RGE. O consumo de energia
elétrica, com as empresas unificadas, de acordo com a Aneel, representa
faturamento anual da ordem de R$ 7,5 bilhões.
As informações são do Jornal do Comércio
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