Na manhã desta terça-feira (14/01), a Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico do Denarc, deflagrou a Operação Aliança, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que abastecia com drogas e armas a Capital e a Região Metropolitana de Porto Alegre. Durante a operação, 20 suspeitos foram presos.

Cerca de 90 policiais civis cumpriram 51 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, em diferentes cidades da Região Metropolitana e em Porto Alegre. Os mandados foram cumpridos em Porto Alegre, Charqueadas, Montenegro, Arroio dos Ratos e Canoas, como parte da investigação de uma organização criminosa oriunda do Vale dos Sinos, responsável por grande parte da distribuição de entorpecentes e armamentos no Rio Grande do Sul.

O delegado Joel Wagner, responsável pela operação, destacou que a investigação teve início em março de 2023, após a prisão em flagrante de um indivíduo por tráfico de drogas. Com a apreensão de porções de crack e maconha, foi descoberto que o preso atuava sob as ordens de líderes de uma facção criminosa que opera em diversos bairros de Porto Alegre, como Cascata, Glória, Monte Cristo, Vila Jardim e Buraco Quente.

Entre os líderes da facção estava um apenado, morto em novembro de 2024, no interior da Penitenciária Estadual de Canoas (PECAN). Sua morte provocou um aumento nos conflitos entre facções na região. O delegado Wagner informou que o indivíduo, inicialmente preso em flagrante, era uma peça-chave nas operações do grupo, participando diretamente da compra e venda de drogas e armas, além de coordenar atividades como distribuição de entorpecentes, lavagem de dinheiro e logística de transporte.

O delegado Wagner também ressaltou que diversas ações estão sendo realizadas para combater organizações criminosas ligadas ao narcotraficante morto, com o intuito de reduzir a violência e os homicídios, que aumentaram após a morte do líder criminoso.

O diretor de Investigações do Denarc, Delegado Alencar Carraro, afirmou que a Operação Aliança faz parte da estratégia da Polícia Civil para enfraquecer o poder financeiro e estrutural das facções, além de reforçar a presença do Estado em áreas afetadas pelo tráfico de drogas.

— As medidas cautelares em andamento visam angariar outras provas para responsabilizar criminalmente todos os envolvidos, especialmente as lideranças do narcotráfico no estado — disse Carraro.