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São Jerônimo, RS,12/07/2025

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João Adolfo Guerreiro

JOÃO ADOLFO GUERREIRO | A Arena no inverno

Taça no armário, medalha no pescoço e faixa no peito


JOÃO ADOLFO GUERREIRO | A Arena no inverno

João Adolfo Guerreiro

Noite de terça-feira fria de início de julho, começa o segundo semestre para o Grêmio na Arena, com a Recopa Gaúcha contra o São José, clássico portoalegrense valendo taça no armário, medalha no pescoço e faixa no peito. Corajosos e confirmados 11.800 gaúchos gremistas compareceram ao estádio, alheios à temperatura adversa, a fina flor da torcida tricolor, sua tropa de elite, com certeza.

Do Consulado de Charqueadas seguiram 15 espartamos azuis de van: quatro crianças, dez homens e uma mulher - a Mulher Maravilha, claro. Chegamos ao estádio, onde, às 17h50min, parecia haver mais brigadianos do que torcedores para a decisão que iniciaria às 19h30min. Cabem 55 mil pessoas na Arena, não se esqueçam. Particularmente, prefiro jogos assim, com pouco público, tudo fica mais fácil e acessível. Passei na Grêmio Mania, tudo muito caro, mesmo com 50% de descontos para sócios e 30% para não-sócios. Segui para a entrada, agora biométrica, onde é só mostrar o rostão e entrar.

Lá dentro, no anel superior (foto acima), o vento bate e faz a gente se lembrar que a Arena é um prédio alto que fica às margens de um rio. Começo a fazer uma leitura corporal e a refletir sobre o que poderia ter colocado mais de roupa: outra meia, uma calça leve por baixo, outro blusão e uma luva. Não que eu estivesse passando muito frio, mas poderia estar melhor se não fosse enganado pelo sol das 16h30min que esquentava Charqueadas. Buenas, fui obrigado no segundo tempo a ir bem para um cantinho mais baixo do anel superior, no canto atrás da goleira (foto abaixo), protegido pela amurada, pelo vidro e pela chapa de ferro que divide as seções do estádio. Até achei mais legal a vista dali, confesso.

O Grêmio liquidou a fatura no primeiro tempo, onde o camisa 47, Alysson, mostrou que tem potencial pra seleção e Europa, em minha humilde opinião. No primeiro gol, recebeu uma bola enfiada por cima por Dodi (tu vê só, o Dodi, gente), só matou de lado com a esquerda e já colocou por cima na saída do goleiro. Goooolaaaaaçooooo! Olhem no YouTube. No segundo, ele fez uma jogada individual pela esquerda, venceu toda a ala da defesa do Time do Pai de Jesus, entrou na área e tocou para o Belga Amuzu chutar e marcar o segundo.

Cristaldo ainda perderia um pênalti e Arezo desperdiçaria duas ótimas chances de marcar. Devia estar com a cabeça lá no Penharol, pra onde deseja voltar. O Zequinha, se tivesse mais pontaria, poderia ter diminuído e até empatado, pois errou feio em duas boas e perigosas finalizações de dentro da grande área. E foi isso. Deu para comer um cachorro com cara de vira-latas e preço de raça, como é comum na Arena.

Taça garantida no armário, corri para o ar condicionado da van, aguardando a volta. Eis mais um título gremista, que sempre ganha pelo menos um por ano desde 2016. Não é um título mixa como alguns por aí que não o disputam desde 2017 andam dizendo. Em suas doze edições, o Grêmio venceu 5, o Inter 2, Pelotas 2 e Lajeadense, São José e São Luiz um cada.




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