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São Jerônimo, RS,10/06/2025

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Exportações brasileiras de carne de frango caem 12,9% em maio devido a embargos sanitários

Mesmo com queda mensal, setor mantém alta no acumulado do ano; impacto pode chegar a US$ 380 milhões por mês

Manoel Petry /Divulgação ABPA
Exportações brasileiras de carne de frango caem 12,9% em maio devido a embargos sanitários Entre os países que reduziram significativamente suas compras estão China (-28%), África do Sul (-20,5%) e México (-18,8%).
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As exportações brasileiras de carne de frango sofreram uma queda de 12,9% em maio, reflexo direto dos embargos comerciais impostos por mais de 40 países após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial de Montenegro (RS). De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram embarcadas 393,4 mil toneladas no mês, contra 451,6 mil toneladas no mesmo período de 2024. A receita também recuou 9,5%, totalizando US$ 741,1 milhões.

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Apesar da retração pontual, o desempenho do setor segue positivo no acumulado de 2025. Entre janeiro e maio, o Brasil exportou 2,256 milhões de toneladas, volume 4,8% superior ao registrado no mesmo período de 2024. A receita no período também cresceu, alcançando US$ 4,234 bilhões, um aumento de 10,18% na comparação anual.

Entre os países que reduziram significativamente suas compras estão China (-28%), África do Sul (-20,5%) e México (-18,8%). Por outro lado, houve avanço nas exportações para a União Europeia, que comprou 46,2% a mais, totalizando 24,8 mil toneladas em maio.

Embora a autossuspensão das exportações para determinados mercados e os embargos unilaterais tenham sido projetados pelo setor após a confirmação do foco da doença, os efeitos ainda preocupam. Segundo a consultoria Bateleur, a perda potencial com os embargos pode chegar a US$ 380 milhões por mês, considerando que os países que atualmente mantêm restrições representavam cerca de 45% das exportações brasileiras. Só em abril, esses mercados compraram 210 mil toneladas, com preço médio de US$ 1.811 por tonelada.

O relatório da Bateleur destaca que, antes do surto, a avicultura brasileira vivia um momento favorável, com alta de 10% nas exportações no acumulado do ano e expectativas de queda nos custos de produção impulsionadas por uma safra agrícola robusta. Com o embargo, o cenário se inverte e o Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, passa a enfrentar choques na oferta global, com reflexos nos preços internacionais e na estabilidade de mercados dependentes da proteína brasileira.

O estudo ressalta ainda que o impacto da gripe aviária não se limita ao Brasil, já que outros grandes exportadores também têm enfrentado surtos. A diversificação dos mercados de destino e a importância do Brasil no comércio global de proteína animal têm, por ora, amenizado os prejuízos diretos.

Para conter os danos, o governo e o setor buscam transformar os embargos nacionais em restrições regionais, limitando a suspensão apenas às áreas diretamente afetadas. Países como Emirados Árabes Unidos e Japão já adotam cláusulas contratuais que preveem esse tipo de restrição localizada.

Com a desaceleração nos embarques, o excedente de carne de frango deve ser absorvido pelo mercado interno, o que tende a aumentar a oferta doméstica e pressionar os preços ao produtor. A expectativa é de que essa sobreoferta temporária impacte as margens da indústria e gere queda nos preços no curto prazo.


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