Cesta básica registra queda de 1,85% em maio e passa a custar R$ 819
Tomate liderou queda nos 13 itens pesquisados pelo Dieese

Em maio de 2025, o preço da cesta básica de Porto Alegre registrou queda de 1,85%, passando a custar R$ 819,05, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Dos 13 itens pesquisados, oito apresentaram recuo: tomate, feijão, arroz, banana, óleo de soja, farinha de trigo, leite e carne bovina. Por outro lado, cinco produtos ficaram mais caros: batata, café, manteiga, pão e açúcar.
De janeiro a maio, a cesta acumula alta de 4,51%. Em maio de 2025, o trabalhador de Porto Alegre, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00, precisou trabalhar 118 horas e 42 minutos para adquirir a cesta básica. Em abril de 2025, o tempo de trabalho necessário foi de 120 horas e 54 minutos e em maio do ano passado de 124 horas e 52 minutos.
Com base na cesta mais cara, que em maio foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em maio de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.
O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 15 cidades e aumentou em duas, segundo dados da pesquisa. Entre abril e maio de 2025, as quedas mais importantes ocorreram em Recife (-2,56%), Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As duas altas foram registradas em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 896,15), seguida por Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73).
A comparação dos valores da cesta entre maio de 2024 e maio de 2025 mostrou que quase todas as capitais tiveram alta de preço, com variações entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Em Aracaju, o preço médio não variou. No acumulado do ano, ou seja, entre dezembro de 2024 e maio de 2025, todas as cidades registraram alta nos preços da cesta, com taxas que oscilaram entre 2,48%, em Campo Grande, e 9,09%, em Belém.
COMENTÁRIOS