Empresa é barrada, e construção de penitenciária federal em Charqueadas fica para 2019
Depen informou que a empresa não tem transparência nas prestações de contas de outras obras

O projeto
de construção da penitenciária federal prometida para Charqueadas não
saiu do papel porque a empresa que faria a obra não tem transparência nas suas
prestações de contas. A informação foi dada pelo diretor-geral do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), Tácio Muzzi, em reunião realizada nesta
quinta-feira (29) com o vice-prefeito de Charqueadas, Edilon Lopes, em
Brasília.
- Estamos adotando, verificando novas soluções que
permitam uma construção rápida, com atendimento dos órgãos de controle. Cremos
que até 15 de dezembro há a contratação de empresas de análise de solo e
estamos estudando como fazer da forma mais rápida para que essa construção
ocorra - disse Muzzi após o encontro.
No ano passado, o presidente Michel Temer havia
anunciado a construção do presídio. E em janeiro de 2018, o ministro da
Justiça, Torquato Jardim, assegurou que a obra
estaria concluída ainda em
neste ano, durante visita ao RS.
A empresa seria contratada em regime diferenciado de contratação, ou seja, sem
licitação. Porém, segundo Muzzi, os órgãos de controle não têm dados precisos sobre
o custo de outras obras realizadas pela empresa, também contratada em regime
diferenciado. Por isso, uma nova empresa será escolhida através de licitação, o
que deve ocorrer a partir do ano que vem, de acordo com o diretor-geral. O
Depen não informou o nome da empresa, que constrói cadeiras em módulos.
A área de 25 hectares onde a penitenciária será construída foi doado pela
prefeitura da cidade. A previsão é que a construção da cadeia custe cerca de R$
42 milhões. Será o primeiro estabelecimento prisional federal no estado.
A construção contará com 218 vagas para presos de alta periculosidade. No
local, serão recebidos presos de facções criminosas de todo o país. Está
prevista a contratação de 250 agentes federais e a 70 servidores para atuar no
presídio em áreas como alimentação e lavanderia.
As informações são do portal G1
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